Não é novidade que a inteligência artificial se tornou uma importante aliada do marketing digital, entretanto, um olhar mais atento revela que a inovação reside na forma como o profissional se relaciona com as respostas dadas pela ferramenta. E, neste contexto, cabe falar sobre as narrativas que têm sido produzidas pelo ChatGPT – uma assistente virtual inteligente, que adota um modelo de linguagem ajustado, com técnicas de aprendizado supervisionado e por reforço.

A interação dessa máquina com o ser humano, na perspectiva de treinamento, é essencial para um resultado mais alinhado às demandas do marketing e da sociedade. Mas, há muito caminho a percorrer, especialmente em temas como longevidade.

Hoje, os produtores de conteúdo e gestores de marketing têm utilizado o ChatGPT para diferentes produções textuais; essa, aliás, é uma forma ágil e relativamente simples para baratear o processo. Mas, o problema está em delegar à máquina a responsabilidade de produzir narrativas com base somente no repertório da web – que, sabemos, é insuficiente.

Para alguns segmentos, essa estratégia resulta em um equívoco monumental! Isso porque o ChatGPT tende a reproduzir vieses incompatíveis com os avanços da sociedade contemporânea. Aqui, destacamos que esse problema ocorre, sobretudo, quando esse consumidor é 50+. Um dos erros mais frequentes, por exemplo, é sugerir que as campanhas offline funcionam melhor para o consumidor maduro. Uma crença completamente equivocada!

Como fundadoras da MV Marketing – agência digital pioneira no Brasil em ações para o público maduro –, temos trabalhado bastante para “treinar” corretamente o ChatGPT. Sim, temos feito um Letramento em Longevidade para os robôs. Na prática, significa que estamos ensinando a inteligência artificial a falar corretamente sobre Economia Prateada; a evitar o ageísmo (preconceito baseado na idade); e, especialmente, a deixar de reproduzir os estereótipos associados aos maduros. Esse último ponto, inclusive, é de suma importância.

Embora os gestores de marcas tenham feito um movimento consistente para incluir os 50+ (pensar e abarcar a diversidade de idade) nas estratégias de comunicação, as campanhas e as iniciativas de ativação estão repletas de “avatares” distantes do que significa, realmente, ser maduro no mundo de hoje.

Com base na nossa expertise, adotamos algumas estratégias para falar com consumidores maduros e esse diálogo depende do entendimento das necessidades e dos desejos do nosso público prateado, que é bem diferente dos drivers que motivam o consumo dos mais jovens. Por isso, é tão importante investir em pesquisas e estudos capazes de gerar conhecimento sobre o que motiva, encanta, preocupa e interessa esse consumidor, antes de criar qualquer peça publicitária.

Voltando a falar sobre os erros cometidos pelo ChatGPT, um ponto importante é, inclusive, a recomendação que a máquina faz para a utilização de canais de comunicação alinhados aos 50+. De maneira completamente errada, ele afirma que o público maduro é mais propenso a responder anúncios impressos, televisão e rádio; em contrapartida, que respondem menos a plataformas de mídia social, ou seja, não são impactados por campanhas nas redes sociais.

Essa crença de que os prateados não são digitais – uma percepção muito antiga – torna a recomendação completamente errada. Nossos dados apontam que a Geração Prateada está completamente imersa na internet: 77% fazem uso intensivo do YouTube; 84% têm o smartphone como principal meio de acesso à internet. Na prática, 97% dos cidadãos 60+ têm acesso à internet.

Na MV Marketing, utilizamos toda a inteligência gerada desde 2018, a partir dos estudos do Hype50+, dados de campanhas e textos produzidos pela nossa agência, para treinar o ChatGPT – e entregar mais agilidade na criação de conteúdo e otimização de campanhas para os clientes. Além disso, temos em nosso time representantes desse público, inclusive, redatoras 50+ e 70+ especialistas em longevidade. Esse, sem dúvida, é um diferencial essencial para humanizar esse processo e garantir que as campanhas sejam efetivas e relevantes para o público maduro.

Nessa jornada educacional pautada pela correção de rota, temos analisado dados consistentes – sobre Economia Prateada e como falar com esse público tão diverso dos 50, 60, 70, 80, 90 e 100+ – para gerar inputs corretos para a inteligência artificial. Acreditamos que a expertise humana permanece fundamental para educar as pessoas e as máquinas sobre comportamentos, verbetes e emoções que a nova realidade da longevidade trouxe.

Camilla Alves (dir) – Cofundadora da MV Marketing, a empreendedora atua desde 2018 na Economia Prateada. Graduada em Administração de Empresas, atualmente é mestranda em Data-Driven Marketing, com especialização Data Science para Marketing na Nova Information Management School (Nova IMS), em Portugal. Antes de fundar a MV Marketing, Camilla teve experiência na Endeavor Brasil, onde aprendeu na prática as principais técnicas de marketing digital. Com essa bagagem, ela desenvolveu uma ampla expertise em diversas áreas do marketing digital, incluindo automação de marketing, CRM, SEO, mídia, análise de dados e performance.

Bete Marin (esq) – Empreendedora na Economia Prateada, é cofundadora das empresas MV Marketing, Hype 50+ e do U+Festival. Especialista em planejamento estratégico, comunicação integrada, marketing digital e eventos, Bete é graduada em Marketing, pós-graduada em Gerontologia (Instituto Albert Einstein); em Comunicação (ESPM); e possui MBA em Marketing pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Iniciou a carreira em grandes empresas e consolidou o crescimento profissional na Gerdau, sendo responsável pela área de promoção e propaganda de produtos no Brasil.

(Material enviado pela Assessoria de Imprensa da MV Marketing/Betânia Lins)

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