Ranking de Ações: GOLL4 inicia a semana na lanterna com -3,63%.
Qual ação estará no topo do Ranking?
A sua será a líder ou ficará na lanterna?
🌎 CENÁRIO EXTERNO
3ª onda?
Mercados
Mercados asiáticos encerraram negociações em baixa, com bolsas chinesas liderando as perdas na sessão. Na zona do euro, índices amanheceram com leve viés baixista: o Stoxx 600, índice que abrange uma gama de ativos de todo o continente, registra alta de cerca de 0,4% até o momento. Do outro lado do Atlântico, índices futuros de NY também esboçam uma abertura negativa para as bolsas americanas (S&P 500 fut: -0,4%), enquanto o dólar (DXY) registar uma forte valorização contra os seus principais pares (+0,5%). Na fronte das commodities, ativos operam predominantemente em terreno negativo. O petróleo (Brent Crude – ICE) registra queda de mais de 4,0%, negociado próximo dos US$ 62,00/barril.
3ª onda?
Após uma 2ªfeira positiva para os mercados, ativos de risco estão amanhecendo em tom negativo. Na zona do euro, investidores estão de olho na imposição de novos “lockdowns” que poderão retardar o processo de retomada econômica da região. Como destaque nesta frente, a premiê alemã, Angela Merkel, já anunciou medidas agressivas que vigorarão durante a Páscoa – o salto no número de caso e ainda lenta campanha de vacinação levaram o governo a agir pela prevenção de uma 3ª onda no país. Enquanto isso, nos EUA, índices futuros vão na mesma direção enquanto os juros futuros voltam a fechar com investidores de olho em leilões de títulos com vencimento de 3, 5 e 7 anos previstos na semana (o rendimento da treasury com vencimento em 10 anos se aproxima dos 1,62% a.a.).
Na agenda
Em dia de agenda morna no exterior, as atenções deverão focar nas falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, e de Janet Yellen, Secretária do Tesouro americano, em depoimento na Câmara dos Representantes onde abordarão as medidas fiscais e monetárias adotadas contra os impactos econômicos nefastos da pandemia (13h).
CENÁRIO BRASIL
Bolsonaro responde a carta de economistas: “Brasil vem dando exemplo”
Brasil vem dando exemplo
Em resposta a uma carta assinada por 1.500 economistas, banqueiros e empresários cobrando alterações no combate à pandemia, o presidente Jair Bolsonaro voltou a questionar a efetividade e ressaltar os impactos negativos de medidas de isolamento social mais severas. Uma das principais reivindicações da carta é a declaração de um lockdown nacional. Bolsonaro pediu que seja respeitada a ciência, que segundo o presidente, determinou que o lockdown “não funciona” e torna “os pobres mais pobres”. Além disso, o presidente rechaçou a avaliação que a gestão da crise sanitária anda mal. “Estamos dando certo apesar de um problema gravíssimo que enfrentamos desde o ano passado… o Brasil vem dando exemplo”, afirmou.
Parecer do Orçamento
O senador Marcio Bittar (MDB-AC) apresentou o seu parecer referente ao Orçamento de 2021 para a CMO (Comissão Mista de Orçamento). Com isso, o colegiado poderá analisar o parecer hoje e enviá-lo ao plenário do Congresso amanhã. Segundo o mais recente esboço do Orçamento, o teto de gastos dever ser respeitado. O projeto prevê um total de R$ 1,486 trilhão de despesas comtempladas pelo limite constitucional, valor que se enquadra dentro da baliza orçamentária: os gastos do ano anterior (R$ 1,455 trilhão) corrigidos pela inflação do mesmo ano (2,13%). O parecer não alterou a meta fiscal estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que prevê um déficit primário de R$ 247,1 bilhões.
Isolamento e o PIB
Segundo projeções do Instituição Fiscal Independente do Senado divulgadas ontem, cada mês de isolamento social pode custar 1 p.p. de crescimento do PIB brasileiro. As projeções fazem parte do Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) do mês de março. O instituto simulou diversos cenários com diferentes graus de fechamento da economia (5% a 85%) e variadas durações. No cenário onde a atividade econômica é comprometida por 50% durante período de 1 mês, a expansão do PIB é reduzida em 1%. Em vista desses cálculos e da atual intensidade da crise sanitária, o IFI não descarta a possiblidade de uma recessão técnica, onde o PIB encolhe por dois trimestres consecutivos, no 1º semestre de 2021. Segundo o instituto, o teto para a expansão da economia brasileira em 2020 deve ser de 3%.
Demissão em massa no varejo
O IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo), que reúne as principais marcas varejistas do Brasil, alertou sobre a possiblidade de demissões em massa como consequência do fechamento de pontos de venda em todo o território nacional. Segundo o IDV, a retomada do programa emergencial de manutenção de empregos é a única maneira de evitar esse desastre. O programa permitia que empresários e funcionários negociassem uma redução parcial na jornada de trabalho ou uma suspenção integral do contrato, com cortes proporcionais aos salários, a serem ressarcidos pelo governo federal. O programa foi extinto na virada do ano, custou R$ 51,5 bi aos cofres públicos e beneficiou 10 milhões de trabalhadores.
Na agenda
O Copom divulga a ata da sua reunião de março, às 8h, onde o investidor buscará novas pistas sobre como os formuladores de política monetária do país estão avaliando o cenário de riscos para a inflação – mesmo ao sinalizar um novo ajuste de 0,75 p.p. na reunião de maio, os membros do Comitê de Política Monetária reforçaram que as projeções seguem muito incertas para o ano. Em seguida, às 11h30, o investidor acompanha mais um leilão tradicional de NTN-Bs do Tesouro Nacional.
E os mercados hoje?
Mercados globais amanheceram no vermelho após os ganhos registrados nesta 2ªfeira, com investidores de olho na imposição de novas medidas restritivas contra a covid-19 na zona do euro. Como destaque da agenda, Powell e Yellen darão depoimento à Câmara dos EUA, às 13h. No Brasil, as atenções seguem voltadas aos números da pandemia após a demissão do presidente do BC turco ter ajudado a pesar sobre ativos locais nesta 2ªfeira. Pela manhã, o investidor recebe a ata do Copom de março, após alta de 0,75 p.p. pegar o mercado de surpresa na semana passada. Desta forma, esperamos mais uma abertura com viés negativo para ativos de risco locais nesta 3ªfeira.