Mas é claro que as políticas “trumpistas” sobre tarifas, e o que isso poderá acarretar na inflação dos EUA, causariam preocupações ao FED. A Ata da última reunião foi divulgada nesta quarta-feira (18) pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). Na ocasião, o comitê optou por manter os juros de referência norte-americanos estáveis. Com isso, a taxa se manteve no patamar de 4,25% a 4,50% ao ano.
Conforme o documento, as possíveis mudanças na política comercial e de imigração, bem como a forte demanda do consumidor, têm potencial de dificultar o processo de desinflação.
De acordo com Andressa Durão, economista do ASA, a ata confirma a intenção do FED de manter os juros em patamar restritivo por mais tempo, até que haja sinais claros de desaceleração da inflação rumo à meta e maior certeza sobre os riscos das políticas governamentais.
“De modo geral, o documento reforça as declarações recentes de Powell e da maioria dos membros, destacando a abordagem cautelosa do Fed e sua prioridade no controle da inflação. A ata enfraquece a mensagem de que o cenário base ainda é de redução dos juros até o nível neutro, indicando manutenção dos juros por tempo indeterminado. A ata não trazer qualquer sinal de possível movimento de alta de juros à frente”, analisa a economista.
