Investir com foco nos juros compostos consiste em montar uma estratégia exponencial, centrada em aproveitar o potencial de cada oportunidade e nas taxas de rentabilidade.
Entre as diversas alternativas que podem ser favorecidas pela incidência dos juros compostos, o objetivo será acelerar o acúmulo do patrimônio a partir da ação dos juros sobre os juros. Ao mesmo tempo, você deve saber que o foco nos juros compostos costuma funcionar melhor em carteiras montadas considerando horizontes mais amplos.
Isso acontece porque, no curto prazo, as diferenças entre juros compostos e juros simples podem não ser tão significativas. Além disso, sem contar com o tempo a seu favor, você estará optando por movimentos aleatórios e outros indicadores para buscar a rentabilidade desejada.
Portanto, à medida que o tempo passa e os rendimentos são gerados, a sua carteira tende a se valorizar.
Na renda fixa, você se beneficiará dos ganhos a partir da rentabilidade dos juros que os títulos gerarão, conforme o percentual definido.
Já na renda variável, a oportunidade existirá pelas chances de os investimentos amadurecerem e se valorizarem no futuro. Ademais, a partir do recebimento e reinvestimento de lucros (proventos e dividendos), você pode impulsionar os resultados no longo prazo.
Por que investir com foco em juros compostos?
O motivo é simples, eles são um dos principais mecanismos para acelerar a consolidação do seu patrimônio — seja na renda fixa ou renda variável.
Para entender melhor, imagine que você aplicou R$ 10 mil no Tesouro Prefixado, com rentabilidade de 12% ao ano e vencimento em 5 anos. Os seus ganhos brutos acontecerão da seguinte maneira:
- 1º ano: R$ 11.200;
- 2º ano: R$ 12.544;
- 3º ano: R$ 14.049;
- 4º ano: R$ 15.735;
- 5º ano: R$ 17.623.
Caso o título tivesse juros simples, os rendimentos seriam de R$ 1.200 em todos os anos — gerando R$ 16 mil no vencimento. Ou seja, os juros compostos impulsionam os seus ganhos durante o período de aplicação.
Investindo em renda variável, a oportunidade existirá também com o reinvestimento de eventuais dividendos. Essa estratégia será vantajosa para aumentar a quantidade de ações (ou cotas dos fundos) usada em seus aportes frequentes e, consequentemente, impulsionar o valor do recebimento na próxima distribuição.
Como investir pensando nos Juros Compostos
Para aproveitar o potencial dos juros compostos e impulsionar os seus ganhos primeiro você deve considerar seu perfil de investidor e objetivos.
A classificação é feita conforme a sua tolerância ao risco. Esse conhecimento será primordial para encontrar os investimentos mais adequados para você. Atualmente o mercado possui uma classificação básica que se divide entre: Conservador, Moderado ou Agressivo.
Os conservadores priorizam segurança, portanto optam por oportunidades na renda fixa. Já os Moderados, topam dividir um pouco mais os investimentos entre renda fixa e alguma exposição na renda variável. Por fim, os arrojados, são aqueles que entendem a volatilidade do mercado e aceitam tomar mais risco dividindo ainda mais a distribuição do dinheiro entre renda fixa e renda variável.
Quando falamos de objetivos, estamos lidando com um tema 100% individual, pois trata-se da sua situação de vida e perspectivas para o futuro. Como citamos acima, os juros compostos serão especialmente vantajosos para os seus planos de longo prazo.
Como selecionar os investimentos
Depois de compreender o seu perfil de investidor e traçar os seus objetivos, é preciso selecionar os investimentos mais adequados para sua carteira. Conforme diversos especialista do Clube Acionista, a sugestão é sempre diversificar, independentemente dos seus objetivos e perfil de investidor.
Ao contar como uma carteira diversificada você estará diluindo os riscos. Ou seja, em caso de algum investimento má performar em algum momento, seu patrimônio como um todo não será prejudicado. Por outro lado, com uma estratégia mais ampla, você pode aumentar as perspectivas de retorno com um nível de assertividade maior.
Para diversificar, a ideia é escolher investimentos expostos a riscos e condições diferentes.
Por exemplo:
O conservador pode diversificar entre ativos de renda fixa: Tesouro Direto (Selic, Prefixado e IPCA) e Títulos Privados (CDB, LCI e LCA).
Já o perfil moderado pode executar a mesma distribuição da ideia do conservador e incluir alguns ativos entre Ações, ETFs ou FIIs.
Por fim, o arrojado, pode aproveitar os dois perfis anteriores e acrescentar outras estratégias: FIPs, debêntures, CRIs, CRAs, Opções, Derivativos e etc.
A essência para ter rendimentos exponenciais
Reinvestir os seus rendimentos no mercado financeiro é o principal meio para alavancar o seu patrimônio, principalmente para os seus objetivos de longo prazo. Na renda fixa, monitore os prazos de vencimento para coletar os ganhos e aplicá-los em novas alternativas.
Já para a renda variável, invista em alternativas que sejam boas pagadoras de proventos para usar nos novos aportes e acelerar seu acúmulo patrimonial.