Em 2021, a JSL obteve o melhor resultado de sua história. A companhia anotou um lucro líquido de R$ 273 milhões, valor 566% vezes maior do que o registrado em 2020. No quarto trimestre, o lucro líquido foi de R$ 54,3 milhões.

JSL (JSLG3)

No último ano, a receita bruta de serviços alcançou R$ 5,1 bilhões, alta de 58% em relação a 2020. Somente no quarto trimestre, a receita bruta chegou a R$ 1,6 bilhão, um recorde no período. A receita líquida de serviços chegou R$ 4,2 bilhões no ano, alta de 59%, impulsionada pelo desempenho do quarto trimestre, que somou R$ 1,3 bilhão, crescimento de 66% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

‘O ano de 2021 foi de transformação para a JSL. Atingimos um novo patamar que amplia a nossa posição de liderança no mercado’, diz Ramon Alcaraz, CEO da JSL. ‘Realizamos três aquisições, fortalecemos o relacionamento com os nossos clientes e conquistamos novos, ampliamos a nossa presença internacional, iniciando nossas operações na África do Sul’.

O Ebitda da JSL atingiu R$ 758 milhões, registrando aumento de 76% em relação ao ano anterior e margem de 18%. No quarto trimestre, o Ebitda foi de R$ 220 milhões, 82% maior que o do 4T20 e com margem de 16,9%, mesmo em meio a um cenário de intensa pressão de custos. ‘Os números refletem a capacidade de execução da JSL e a resiliência do nosso modelo de negócios’, diz Guilherme Sampaio, CFO da JSL.

Novos contratos, cross-selling e expansão internacional

O crescimento orgânico combinado foi de 17% no ano, enquanto o quarto trimestre teve 20% de aumento na comparação com o mesmo período de 2020. Esse crescimento foi incentivado pela expansão de novos contratos e pelo desempenho da JSL e das empresas adquiridas.

A JSL fechou 2021 com R$ 4,1 bilhões em novas receitas contratadas, com prazo médio de 42 meses de execução dos projetos. Entre os setores que mais contribuíram com as novas receitas estão os de papel e celulose (30%), alimentos e bebidas (26%) e siderurgia e mineração (12%). Aliás, 75% de toda a receita nova contratada provém de novos contratos com clientes já atendidos pela JSL. O volume de novos contratos, se tratados de forma linear, traz uma oportunidade de crescimento de 18% para o próximo ano, com base na média do faturamento do 4T21. ‘Trata-se de um poderoso indicativo da capacidade de crescer dentro da nossa carteira de clientes e de desenvolver novos serviços e soluções customizados a cada necessidade’, diz Sampaio.

No ano passado, a JSL iniciou a operação na África do Sul e expandiu sua atuação na América do Sul, fazendo com que a receita no exterior crescesse 229% em relação a 2020. Dos novos contratos, as operações internacionais já somam R$ 450 milhões.

Sinergia com as empresas adquiridas

Em 2021, a JSL adquiriu a Transportadora Rodomeu, a TPC e a Transportes Marvel, que se juntaram à Fadel e à Transmoreno, ambas adquiridas no ano anterior. As cinco empresas adicionaram R$ 2 bilhões de receita bruta à companhia, demonstrando capacidade de crescer de forma acelerada, evoluindo em seus resultados e contribuindo para o retorno consolidado da JSL.

Para Alcaraz, o bom desempenho das adquiridas passa pelo modelo de integração dessas empresas à JSL. ‘Mantivemos os executivos das adquiridas à frente da gestão, para que sigam focados no crescimento acelerado e na rentabilidade dos seus negócios, enquanto se beneficiam dos ganhos de escala proporcionados pela JSL.’, explica.

Importante destacar que a estratégia de aquisições se mostrou extremamente assertiva. As cinco empresas adquiridas juntas apresentaram um crescimento de receita bruta de 26% se compararmos os números de 2019 a 2021 e um crescimento de EBITDA de 40% no período.

Destaques na agenda ESG

Ao longo de 2021, o avanço das iniciativas ESG da JSL fez com que obtivesse reconhecimentos como a elevação do rating da CDP (Carbon Disclosure Protocol) de D para B-, avaliação acima da média global do segmento e que exemplifica o compromisso com o controle de emissões de GEE; e o Selo Ouro do GHG Protocol, recebido pelo segundo ano consecutivo por conta de diversas ações de inclusão e bem-estar no trabalho. No mesmo período, a companhia também assinou o documento ‘Empresários pelo Clima’, reforçando seu compromisso com a descarbonização.

Outro destaque da agenda ESG é o Mulheres na Direção, programa de capacitação de mulheres que querem trabalhar como motoristas ou operadoras de máquinas. Contratadas como trainees, elas realizaram mais de 360 horas de treinamentos, garantindo o preparo necessário para que pudessem assumir as funções.

‘Acreditamos que graças à sua estrutura e reputação, a JSL está firmemente posicionada para conquistar oportunidades em novos projetos e aquisições diante do cenário macroeconômico que vivemos’, avalia Ramon Alcaraz.

(MR – Agência Enfoque)


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