Em seu plano de estrear na indústria de pescados, a brasileira JBS, líder global em carne bovina, tem pela frente o australiano Andrew “Twiggy” Forrest, que cresceu em uma área rural na companhia dos filhos de capatazes e aborígenes e que ascendeu no mundo empresarial como um self-made man da indústria da mineração.

O australiano ampliou de 7,3% para 18,5% sua participação na Huon através da Tattarang, seu veículo de investimentos; e agora poderia barrar os planos da brasileira para concluir a transação. A JBS ainda precisaria do aval de 75% dos acionistas da empresa australiana de pescados.

“A FIRB (sigla em inglês pela qual o Comitê de Avaliação de Investimentos Estrangeiros é conhecido); precisa levar em consideração todas as informações que surgiram desde que aprovou um negócio da JBS pela última vez”, afirmou Forrest.

Impacto: Marginalmente negativo. Vemos o movimento por parte de Eastwood como um empecilho para a aquisição da JBS, em virtude de pressão tanto contra órgãos reguladores australianos, como um risco à imagem da empresa no país, visto que Brent tem utilizado canais midiáticos para expor negativamente supostas práticas realizadas pela empresa brasileira. O movimento da JBS é estratégico para o ampliar novas linhas de crescimento para a companhia; em todo caso, o valor de mercado da companhia de pescados é baixo em comparação com a gigante de proteínas.

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