“Já são mais de 2,6 milhões de investidores com posição, uma alta de 25% em 12 meses, a maior entre os produtos de renda variável”, afirma Lucas Godoy, consultor de Relacionamento com Assets da B3.
Estreia na B3 o SMRE11 (Smart Real State), Fundo de Investimento Imobiliário (FII) da Smart House Investments. A companhia possui participação acionária em 6 mil lotes, com mais de 6 milhões de m2 urbanizados, além de dezenas de incorporações verticais e horizontais distribuídas por 10 estados do Brasil, totalizando um VGV de R$ 3,1 bilhões. Diferentemente dos FIIs tradicionais, o SMRE11 terá no seu portfólio inicial dois grandes loteamentos. O primeiro, o Golden Sul, localizado na cidade de Montes Claros – MG. Atualmente, possui 89.6% dos lotes vendidos, VGV de R$ 35.010.522,08 milhões e área total de 96 mil m2.
O segundo empreendimento já integralizado ao fundo é o Jardim Independência, empreendimento comercial com 99% das unidades vendidas, VGV de R$ 35.530.131,78. Juntos, ambos possuem um total de 1.147 unidades e as obras já foram finalizadas. “Vamos atuar em um mercado que nós dominamos e sabemos das deficiências. Hoje, temos uma inadimplência extremamente baixa”, explica André Colares, CEO da Smart House Investments.
Em 2023, o volume captado pelos Fundos Imobiliários bateu R$ 26,5 bilhões, bem acima dos R$ 21,4 bilhões de 2022. Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) estão ganhando popularidade entre os investidores devido a uma série de atrativos, afirma André Colares, CEO da Smart House Investments, para quem essa classe de ativos proporciona um fluxo de renda regular por meio de dividendos mensais. “Os FIIs representam uma forma de investir em imóveis sem os encargos da gestão direta e oferecem uma eficaz diversificação de portfólio. Além disso, o cenário de baixas taxas de juros tem impulsionado os investidores a buscar alternativas mais rentáveis do que a renda fixa tradicional”, diz.
Rentabilidade
Com uma emissão de R$ 50 milhões, o SMRE11 entregará um dividendo estimado de CDI+2%, que, atualmente, equivaleria a uma rentabilidade líquida de 1,06% ao mês, tendo em vista que não existe tributação. Apenas como exemplo, R$ 100 mil alocados, hoje, gerariam uma renda passiva mensal aproximada de R$ 1.060,00. Vale ressaltar que, por se tratar de um ativo de renda variável, o valor da cota sofre variação diária. “Nosso objetivo é sempre entregar mais de 1% ao mês, mesmo com a queda do CDI e, ainda, vamos isentar o investidor da taxa de administração por tempo indeterminado”, ressalta Colares.
O fundo SMRE11
A criação do fundo SMRE11, em 2024, é baseada na ideia de que a economia brasileira está em crescimento, com a inflação controlada, diminuição do desemprego, queda da Selic e aumento da renda, o que deve impulsionar o mercado imobiliário.
Existe também a perspectiva de que, com a queda na taxa de juros e a segurança que o imóvel tem na cultura do brasileiro, este tipo de investimento voltará a ser atrativo além da destinação de moradia, seja para aluguel, ou para a compra na planta e posterior venda.
O fundo se propõe a preencher uma lacuna no mercado, fornecendo capital flexível e de longo prazo para pequenas e médias incorporadoras e loteadoras regionais. Essas empresas, apesar de dominarem uma parcela significativa das vendas de imóveis novos no Brasil, frequentemente enfrentam dificuldades de acesso ao crédito devido à falta de know-how dos bancos em avaliar a viabilidade de projetos imobiliários e à ausência de governança, processos administrativos e financeiros robustos.
O SMRE11 será gerido pela Bluewave Asset e contará com a consultoria da Smart Consultoria Imobiliaria LTDA, ambas empresas do grupo Smart House Holding, sediado em Montes Claros, MG. A administração é da Planner Corretora de Valores S.A. O grupo tem sob gestão R$ 3,1 bilhões em ativos imobiliários, incluindo prédios residenciais, escritórios e galpões logísticos. A coordenadora da oferta é a Planner Investimentos.
A visão da B3
“É uma grande satisfação para a B3 poder reforçar a oferta de fundos imobiliários com este importante lançamento. As pessoas físicas têm aumentado participação nos fundos imobiliários. Já são mais de 2,6 milhões de investidores com posição, uma alta de 25% em 12 meses, a maior entre os produtos de renda variável”, afirma Lucas Godoy, consultor de Relacionamento com Assets da B3.