IPO: Dasa e Rio Alto preparam oferta de ações para o próximo mês

A Kallas desistiu de realizar sua oferta inicial de ações (IPO), ampliando a lista de construtoras cujos planos foram frustrados pela turbulência do mercado acionário nas últimas semanas, mesmo com o mercado imobiliário ainda em ebulição no país.

A companhia, que opera nos segmentos econômico, de médio e de alto padrão, além de ter um braço de loteamentos e uma corretora imobiliária, entrou na lista de desistências de ofertas no website da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No ano passado, com o Banco Central reduzindo a taxa do juro básico para a mínima histórica de 2% ao ano para tentar animar a economia atingida pela crise da Covid-19, dezenas de empresas, incluindo as do setor imobiliário anunciaram planos de listagem na bolsa para financiar projetos de expansão.

No entanto, a volatilidade do mercado diante de incertezas fiscais e políticas no país fez várias delas suspenderem os planos de venderem ações pela primeira vez. Com a Kallas, já são 16 desistências só em 2021, sendo 7 do ramo imobiliário. No ano passado, 10 das 24 desistências também foram do setor.

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IPO

A Agrogalaxy, varejista de insumos agrícolas, suspendeu sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) por conta das condições do mercado nas últimas semanas.

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A precificação das ações da Agrogalaxy no âmbito da oferta estava marcada para esta quarta-feira (10), mas na tarde de ontem os investidores interessados na companhia foram comunicados de que a empresa aguardará outra janela oportuna para estrear na Bolsa. Possivelmente, segundo o jornal, isso acontecerá no fim do ano.

O mercado brasileiro passa por um período de forte turbulência. Nos últimos 20 dias, o presidente Jair Bolsonaro interveio na Petrobras (PETR4), a alíquota de impostos foi elevada para os bancos, dúvidas sobre o fatiamento da PEC Emergencial e a anualação das condenações do ex-presidente Lula fizeram com que os investidores ficassem com um pé atrás.

Especialistas consultados pelo SUNO Notícias já haviam apontado que, embora diversas ofertas estejam na fila da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), algumas poderiam não sair do papel por conta da piora no cenário.

Desde o início desta semana, investidores que cogitavam aportar recursos na Agrogalaxy foram sondados sobre o interesse na operação caso houvesse um desconto entre 20% e 30% sobre a faixa de preço indicada inicialmente. Com o aperto do risco sistemático brasileiro, a oferta acabou ruindo.

A faixa de preço indicativa para as ações da empresa ligada ao agronegócio ia de R$ 15 a R$ 20. Considerando o meio do intervalo, de R$ 17,50, a operação poderia levantar R$ 1,4 bilhão, sem considerar os lotes extras.

Em relatório, os analistas da SUNO Reserach apontam que além de a Agrogalary estar em um setor com perspectivas de crescimento, suas lojas estão posicionadas em locais estratégicos para o agronegócio, como as regiões Centro-Oeste e Sudeste.

No entanto, o grau de alavancagem financeira da empresa preocupa. “A AgroGalaxy apresenta níveis de endividamento muito mais altos do que acreditamos ser saudáveis. Nos primeiros dez meses de 2020, o indicador dívida líquida ajustada pro forma/Ebitda ajustado pro forma foi de 5,3 vezes”, dizem os analistas da casa.

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