Um investimento atrelado ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é uma aplicação financeira cujo rendimento está vinculado à variação do CDI. A afirmação é do economista Volnei Eyng, CEO da Multiplike.

Segundo ele, o CDI é uma taxa de juros que reflete as operações interbancárias de curtíssimo prazo entre instituições financeiras no Brasil. “Geralmente, investimentos atrelados ao CDI seguem de perto essa taxa e oferecem rendimentos próximos ao CDI”, diz.

Os investimentos atrelados ao CDI são comuns em aplicações de renda fixa, como Certificados de Depósito Bancário (CDB), Letras de Crédito (LC), Letras Financeiras (LF), entre outros. 

“Ao escolher um investimento atrelado ao CDI, o investidor geralmente recebe uma remuneração que é um percentual do CDI, conhecido como ‘percentual do CDI’ ou ‘porcentagem do CDI”, destaca.

Esses investimentos são considerados de baixo risco, uma vez que estão vinculados a taxas de mercado e a operações entre instituições financeiras sólidas. No entanto, é importante observar que, mesmo sendo considerados mais seguros, o rendimento desses investimentos pode variar de acordo com as condições econômicas e as políticas monetárias vigentes.

Investimentos atrelados ao IPCA

Ainda de acordo com Eyng, um investimento atrelado ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é uma aplicação financeira cujo rendimento está vinculado à variação desse índice de inflação no Brasil. “O IPCA é um indicador que mede a variação média dos preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos pela população brasileira”, ressalta.

Os investimentos atrelados ao IPCA são comuns em aplicações de renda fixa que oferecem proteção contra a inflação, garantindo que o rendimento da aplicação seja ajustado de acordo com o comportamento dos preços. Entre os principais investimentos atrelados ao IPCA, destacam-se as NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional Série B) e as debêntures IPCA.

“Ao escolher um investimento atrelado ao IPCA, o investidor geralmente recebe uma taxa fixa mais a variação do IPCA durante o período de investimento. Essa característica proporciona uma proteção contra a perda do poder de compra causada pela inflação”, aponta.

“Esses investimentos são considerados interessantes para quem busca preservar o valor real dos seus recursos ao longo do tempo, já que oferecem uma rentabilidade real, descontando o impacto da inflação. No entanto, é importante observar que o rendimento efetivo dependerá da combinação da taxa fixa oferecida pelo investimento com a variação do IPCA durante o período contratado”, frisa.

Taxa de juros do BC

Conforme o especialista, apesar da redução da taxa Selic anunciada pelo Banco Central na última reunião do Copom, os juros reais do Brasil, que consideram a inflação, continuam sendo os segundo mais altos do mundo, alcançando 6,11% ao ano. “Juros reais elevados costumam favorecer investimentos em renda fixa, especialmente quando os seguintes fatores são considerados”, pontua. E descreve:

  • Menor risco

A renda fixa é geralmente vista como um investimento de menor risco em comparação com ações e outros ativos de renda variável. Isso significa que, mesmo com juros reais altos, os investidores podem desfrutar de retornos mais seguros e previsíveis.

  • Proteção contra a inflação

Juros reais elevados frequentemente indicam uma política monetária voltada para o controle da inflação. Investimentos em renda fixa, como títulos indexados à inflação ou com taxas de juros reais elevadas, podem ajudar a proteger o poder de compra do investidor contra os efeitos da inflação.

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