Caro Investidor!

Se você gosta de um cafezinho e seu dia só começa com ele, já sabe que está valendo ouro. Com 40% de aumento, o café está entre os itens mais caros da mesa do brasileiro. Não bastasse a taxa de juros em 13,25% ao ano que pesa na vida real da população, a inflação dos alimentos está pela hora da morte. Por outro lado, você pode tomar menos café por enquanto e aproveitar o momento da Selic nas alturas para pensar em investir na Renda Fixa (se ainda não o faz), que é, para a maioria dos especialistas do mercado, uma boa oportunidade nesses tempos caríssimos. Assim, você poderá ter aquele retorno que compensa a alta do sagrado cafezinho. Tudo na vida é equilíbrio…

Logo, com a perspectiva de novas altas na taxa básica de juros, considerando que na Ata divulgada na última terça (4) ficou claro que em março a Selic deve subir mais 1 p.p.;  os títulos pós-fixados (indexados à Selic ou ao CDI) devem ser os grandes beneficiados do ano na Renda Fixa.

Soma-se a isso o cenário econômico adverso e os juros elevados que devem pesar sobre as empresas e bancos de saúde financeira mais frágil e, neste caso, o ideal é priorizar aqueles que tenham características de bons pagadores na hora de escolher títulos de crédito privado.

Por fim, se proteger da inflação durante 2025 terá imensa importância, considerando que os índices de preços devem continuar pressionados, corroendo o poder de compra do patrimônio do investidor.

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Segundo Marcello Carvalho, economista na WIT Invest, a última subida da taxa de juros e com o alinhamento de falas dos ministros do atual governo, “devemos ter um mês mais calmo no mercado de renda fixa. Porém, mesmo mais calmo, ainda teremos diversas oportunidades de aplicação em taxas atrativas tanto de curto como, principalmente, de longo prazo.”

Oportunidade na Renda Fixa

Com a Selic no patamar que está e já há um direcionamento forte que vá ter pelo menos mais um aumento de provavelmente de 1 ponto percentual na próxima reunião do Copom, em março, os ativos de Renda Fixa com certeza se tornam os mais indicados nesse cenário de juros elevados, segundo Acilio Marinello, sócio-fundador da Essentia Consulting.

Ele destaca dois grupos: 1- Títulos do Tesouro Direto, que são uma “excelente forma para investir em Renda Fixa, para compor carteira, é muito simples, seguro, muito democrático, para qualquer perfil de investidor e os montantes para ingressar também são bastante acessíveis”, diz Marinello. Nesta modalidade ele ressaltam dois papéis, o Tesouro Pré-fixado, “principalmente aqueles que já estão com uma rentabilidade superior a 14% ao ano”; e o Tesouro Selic, que está atrelado à taxa de juros, “e conforme a Selic aumenta, ele vai acompanhando o movimento, isso traz uma maior previsibilidade para o investidor, logo o tesouro direto com certeza é uma ótima opção, com foco também nesses dois títulos”.

O outro grupo: 2- Os fundos de investimento imobiliário, os FIIs. “Principalmente os fundos de tijolo, que possuem propriedades e aqueles que possuem como seus clientes, lajes comerciais e shopping centers, pois também estão passando por um momento muito interessante”. De acordo com Marinello, há uma reavaliação do modelo de trabalho, muitas empresas estão reduzindo drasticamente ou até eliminando o trabalho remoto, então isso está exigindo novas ocupações de lajes comerciais e isso tem aumentado a rentabilidade desses fundos que possuem lajes comerciais para alocação.

Já os shopping centers com o aquecimento da economia, aumento da massa salarial e a redução do desemprego, também tem gerado mais movimento neste setor, de acordo com Marinello. “Não somente o shopping já construído, que tem aumentado a sua ocupação com lojas funcionando, mas também o investimento, pensando no grupo Iguatemi, no Multiplan e na expansão dessas operações, na construção de novas unidades.”

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Cenários 

Falando de uma forma geral primeiramente, o cenário socioeconômico e até mesmo político tomou outras proporções com o novo mandato de Donald Trump como presidente dos EUA. Em duas semanas a sensação é que já foram dois anos, todo dia uma novidade espetaculosa. Tanto suas posições duras em relação à imigração, com deportação inclusive, até a implementação de tarifas sobre importantes parceiros comerciais como México, Canadá e China, que foram os principais alvos. Sem falar que há dúvidas sobre retaliações dos países e a potencial escalada em uma guerra comercial. 

“Acreditamos que a somatória destas medidas possui um importante impacto inflacionário para a economia americana, implicando em uma maior dificuldade para o Fed dar continuidade ao ciclo de corte de juros, reforçando a tese do dólar mais forte internacionalmente”, comentam os analistas do BTG Pactual.

No Brasil, a desaceleração econômica pode ajudar o BCB no curto prazo, mas a reação da política fiscal ainda é um risco. Parte do ambiente mais positivo para ativos domésticos em janeiro foram as divulgações de dados mais fracos na indústria, comércio, serviços e no mercado de trabalho. “Esses indicadores sinalizam que a política monetária restritiva parece estar surtindo efeitos, o que pode não demandar uma subida de juros tão expressiva como era precificado em dezembro. O BTG continua com a expectativa que a taxa Selic termine 2025 em 15,25% a.a., visto que a inflação permanece bastante desancorada ao logo de todo horizonte relevante.”

Perspectivas

Segundo o BTG, apenas em 2026 devem ocorrer os cortes de juros. “Esse cenário de menor crescimento com potencial aumento do desemprego, em um contexto de perda de popularidade do governo, pode ser gatilho para medidas políticas para a sustentação da atividade em ano pré-eleitoral. A concretização desse risco pioraria a questão fiscal, que já se encontra em um patamar bastante deteriorado, após a frustração do pacote de medidas anunciado em novembro.” 

Quem ganha com isso? Conforme os analistas, a relação risco-retorno se mostra bastante atrativa no CDI. “Contudo entendemos que pode haver um fechamento adicional nas taxas dos títulos prefixados para prazos mais curtos, em se materializando a conjuntura mais benéfica para a desinflação. A volatilidade, entretanto, deve permanecer elevada dadas as incertezas domésticas e externas. A cautela e seletividade em momentos como o atual são essenciais para retornos compostos melhores no longo prazo.” 

Para o crédito privado, o mês de janeiro acomodou a forte abertura que os spreads de crédito sofreram no mês de dezembro – especialmente o de ativos não isentos, de modo que o IDA-DI chegou a bater um spread médio acima de 6% – por conta de uma maior aversão ao risco do cenário de juros mais elevados para 2025, aliado a um maior volume de resgates observados nos fundos de crédito privado. O IDA-DI encerrou com um spread médio próximo de 2% novamente. 

Segundo o relatório do BTG, o cenário mais adverso para 2025 abre margem para que novas aberturas de spreads ocorram, na medida que alguns emissores mais sensíveis à alta de juros comecem a reportar fluxos de caixa mais apertados e, consequentemente, aumento de sua alavancagem. “Dessa forma, apesar das oportunidades que surgem com abertura dos spreads, aliado ainda a abertura das NTN-Bs, preferimos seguir com uma postura mais conservadora e focar somente em emissores atrelados a setores mais previsíveis ou descorrelacionados com o macro local, idealmente já com alavancagem em níveis mais baixos e confortáveis”, comentam os analistas.

Os analistas da XP Investimentos mantêm uma visão positiva para a renda fixa em fevereiro, especialmente para títulos atrelados à inflação (IPCA+) com vencimentos intermediários (cerca de cinco anos de duration). 

“Sugerimos atenção às emissões privadas de empresas excessivamente alavancadas, pertencentes a setores cíclicos e com vencimentos muito longos”.

Eles também destacam os títulos pós-fixados (%CDI / CDI+), que se tornam mais atrativos diante do ciclo de alta da Selic, além de proporcionarem menor volatilidade à carteira. “Diante da deterioração na percepção de risco fiscal no Brasil e da elevação das taxas, acreditamos ser prudente evitar sobrealocações na classe dos títulos prefixados.”

As 10 melhores marcas de café em 2025 (atualizada)

  • 1- Café Orfeu: Escolha d Universidade do café)
  • 2- Café Dutra: Variedades Raras & Compromisso Social
  • 3- Café Baggio: Cafés Aromatizados de Qualidade
  • 4- Café Santa Mônica: Excelentes Cafés Gourmet
  • 5- Café Santo Grão: Ótima Qualidade
  • 6- Café Três Corações Gourmet: Marca Nacional Consolidada
  • 7- Café Qualitá: Ótimo Custo Benefício
  • 8- Café Starbucks: Muita Variedade
  • 9- Café Melitta: Referência Mundial
  • 10- Café Pilão: Clássico Café Forte

(Fonte: Universidade do Café)