O primeiro semestre do ano trouxe mudanças significativas nas estratégias dos investidores. Conforme o levantamento das casas presentes no Clube Acionista, investimentos conservadores como as aplicações atreladas à inflação, principalmente IPCA+, estão entre as prioridades de investimento.

Fato que reflete na volatilidade da curva de juros futura e os retornos atraentes que esses ativos oferecem. Bem como, no próprio desempenho da Bolsa de Valores e Fundos de Ações. Com a inflação mostrando sua força, ativos atrelados ao IPCA junto com os indexados ao CDI estão em destaque. Esse movimento reflete uma estratégia de aproveitar o cenário inflacionário, que Eric Hatisuka, CIO da Mirabaud, resume como uma oportunidade atrativa: “IPCA+6% é uma taxa de juro real que bate muitos indexadores no longo prazo.”

Já os prefixados começaram a entrar no radar dos investidores. Leandro Ormond, da Aware Investments, explica que, apesar da redução no CDI, esses investimentos ainda dominam as carteiras conservadoras devido à alta Selic. Contudo, o debate entre os especialistas é acirrado. Catherine Cruz, da Integrity Wealth Management, vê potencial em ativos prefixados curtos para adicionar um toque de risco ao portfólio, enquanto outros preferem evitar esses ativos em contextos de gasto público elevado.

Títulos Públicos vs. Ativos Privados

Os títulos públicos indexados à inflação têm se destacado. Os spreads de ativos privados diminuíram, reduzindo sua atratividade, dessa forma, muitos gestores, ainda preferem LCAs e LCIs a outros ativos privados, argumentando que os riscos econômicos do Brasil não são bem refletidos nos prêmios dos títulos privados.

Investimentos conservadores também proporcionam bons rendimentos

A combinação de estratégias em crédito privado e papéis públicos, dependendo do objetivo do investidor é algo totalmente aplicável. Títulos públicos com vencimento entre 2035 e 2045 são recomendados para quem busca ganhos de capital, enquanto papéis privados oferecem isenção de imposto de renda. Setores resilientes, como transmissão de energia, oferecem IPCA+6,5%, com uma estratégia de cinco anos.

Dessa forma, misture ativos públicos e privados conforme seus objetivos de investimento, considerando isenções fiscais e potencial de liquidez. Mas sempre atento às mudanças nas políticas econômicas que possam impactar os retornos de diferentes classes de ativos. Apesar dos títulos públicos de inflação terem ganho espaço, os CDBs atrelados ao CDI continuam líderes nos portfólios dos investidores.

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