A semana financeira começa sob um intenso olhar dos investidores, com decisões de juros programadas para acontecer tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil e na Zona do Euro. A “superquarta”, marcada pela divulgação das reuniões do Federal Reserve e do Comitê de Política Monetária (Copom), promete acirrar as tensões no mercado financeiro global. À medida que a expectativa cresce, os mercados já mostram sinais de nervosismo, refletidos nas quedas observadas nas bolsas internacionais nesta segunda-feira (27).
Movimentações nos Mercados Globais
Os futuros dos índices americanos, especialmente o Nasdaq, apontam para uma retração ao redor de 3%, enquanto o S&P 500 cai cerca de 1,86% e o Dow Jones surrounding a 1,11%, motivados por incertezas relacionadas à política monetária e resultados de grandes empresas como Apple, Tesla e Meta, cujo anúncios de balanços se aproximam rapidamente. No panorama europeu, a situação é semelhante, com todos os principais índices mostrando queda. O DAX (Alemanha) está em -1,17%, e o FTSE 100 (Reino Unido) caiu 0,35%
Conforme relatado, o índice de atividade nacional de dezembro nos EUA e os dados de vendas de moradias novas que saem hoje podem influenciar a percepção do mercado e os futuros ganhos ou perdas da semana. No cenário chinês, o PMI do setor industrial apresentou uma contração em janeiro, marcando 49,1, indicando uma desaceleração econômica que chamou a atenção
Expectativas para o Brasil
No Brasil, a expectativa é de um aumento de 100 pontos base na taxa Selic, com a maioria dos analistas apostando na elevação para 13,25% já nesta semana. A reunião do Copom está marcada para a noite da quarta-feira (29). As discussões atuais também giram em torno de medidas fiscais e o impacto delas na inflação, particularmente em relação à crise do aumento de preços dos alimentos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne hoje com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e ministros, o que pode proporcionar novas diretrizes sobre a política do petróleo e combustíveis, temas sensíveis ao mercado e que podem movimentar os preços das ações da empresa.
Disparidades no Setor de Commodities
Os mercados de commodities começam a semana em direções divergentes. O minério de ferro avançou 1,06% na bolsa de Dalian, refletindo uma demanda ainda robusta. Em contrapartida, o preço do petróleo opera ao redor da estabilidade, com levemente negativos em cerca de -0,30%. Essa instabilidade no petróleo pode impactar diretamente os dividendos da Petrobras, com analistas alertando sobre a possibilidade de prejuízos se os reajustes de preços não ocorrerem na linha do que seria considerado justo à luz do Preço de Paridade Internacional (PPI).
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De acordo com um relatório da Nord Research, a Petrobras atualmente vende gasolina com uma defasagem de 9% em relação ao PPI, o que pode comprometer dividendos futuros, caso a situação persista.
O Que Esperar?
A atenção dos investidores deve permanecer focada tanto nas decisões dos bancos centrais quanto na série de resultados trimestrais que se aproximam. O exato tom que o Copom e o Fed adotarem em suas comunicações pode determinar o humor do mercado para o restante do mês de janeiro e impactar as expectativas e decisões de compra ou venda das ações. Portanto, é um bom momento para que os investidores revisitem suas estratégias de investimento em um ambiente econômico repleto de incertezas.
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