Conforme dados da Anbima, fundos de renda fixa que buscam acompanhar o desempenho do CDI, estão apresentando rentabilidade próxima de 2,02% ao ano.
No entanto, mesmo que estejamos vivendo uma sofisticação dos mercados, a Anbima mostra que mais da metade dos fundos existentes desta modalidade cobram taxa de administração acima de 1%. Ou seja, cerca de mais R$ 300 bilhões em investimentos para perder para a inflação.
O cálculo é simples, como o rendimento está atrelado ao CDI (cerca de 2% ao ano), ao descontarmos a inflação, impostos e taxa de administração o retorno real da aplicação é negativo.
Colocamos dinheiro excessivo em ativos que julgamos entender. Quando a racionalidade entra em jogo, automaticamente nos questionamos, se a garantia disso protege contra o risco.
Não, renda fixa não é garantia contra o risco, você precisa saber onde está colocando seu dinheiro e a indústria dos investimentos só vai mudar quando o investidor se der conta da diferença do que é bom ou ruim.
O mercado de capitais brasileiro está se sofisticando, mas é importante que cada investidor se sofistique também, optando por produtos que geram retorno. A renda fixa (Fundos DI, Tesouro Direto etc.) são produtos fundamentais para o investidor, fazendo parte de outros grupos de ativos também essenciais.
Segundo alguns analistas, nos casos dos Fundos DI, não faz sentindo pagar mais de 0,25% ao ano de taxa de administração que é a mesma taxa de custódia do Tesouro Direto. Se você pagar mais por isso, a rentabilidade precisa ser proporcional ao acréscimo.
O fato de estarmos presenciando um momento de baixo retorno não submete o investidor a aceitar pagar determinadas condições.
A sofisticação vem de se adaptar e perceber o que realmente importa. Perde-se muito tempo procurando corretagem zero, garantia FGC e pouco tempo na pesquisa por produtos de qualidade.
De alguma forma o investidor vai precisar topar pagar para ter melhores retornos, o fato aqui é saber pelo que se está pagando e se isso realmente gerará frutos no longo prazo. Hoje, há mais R$ 300 bilhões topando pagar para perder da inflação. Seu dinheiro faz parte desta parcela?
Fonte: Relatórios Anbima