Além de terras férteis (“em se plantando, tudo dá”, já escrevia Caminha), o Brasil conta com outra vantagem: em boa parte de seu território se planta e se colhe duas safras anuais.

Junto com China, Índia e Estados Unidos, somos um dos quatro maiores produtores agrícolas mundiais, sendo que os dois primeiros, por motivos óbvios (população de 1,4 bilhão cada um) consomem o que produzem.

Este ano, além de termos a maior safra de grãos de nossa história, vamos contar com uma safrinha (a tal segunda do ano, que era considerada uma espécie de bonificação) de milho assombrosa: 87,4 milhões de toneladas, um aumento de 44% em relação a de 2021, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Não se pode esquecer que o milho serve também para fazer etanol, combustível cuja produção brasileira deverá superar em 30% a do ano passado.

Como se tais dádivas não bastassem, a soja, produto do qual somos os maiores produtores do mundo, está sendo negociada no segundo maior preço de todos os tempos, atrás apenas de 2012.

Carne de frango, porco, boi, açúcar, café… em todos esses produtos o país vai se beneficiar no segundo semestre de 2022 e no primeiro do próximo ano.

Se em alguns setores da economia, o Brasil não está indo muito bem, o campo só nos dá motivos de regozijo.

Um forte abraço,

Ivan Sant’Anna.

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