Para ser honesto, o grande vencedor do debate de ontem na TV Globo foi o eleitor que optou por dormir por causa do avançado da hora.

Esses debates de primeiro turno, com muitos participantes, costumam não levar a lugar nenhum.

Já na reta final, o negócio é diferente. Se apresentam apenas dois, sendo que um será o presidente do país.

Me lembro de um debate eletrizante entre Collor e Lula, nas eleições presidenciais de 1989. O primeiro defendia a abertura da economia, das importações e o enxugamento da máquina pública. Lula, estatizações, inclusive de bancos. Enfim, um programa de esquerda.

Nos Estados Unidos, os debates das primárias são insuportáveis. Os candidatos (todos do mesmo partido) se limitam a criticar a vida pessoal dos adversários e a fazer futricas.

            Mas quando chega a hora da eleição propriamente dita, com um republicano de um lado e um democrata do outro, a eleição pode ser decidida naquela disputa na TV, tal como aconteceu na vitória de John Kennedy sobre Richard Nixon em 1960.

Quem, como foi o meu caso ontem, ficou acordado até de madrugada, saiu frustrado com as trocas de acusações e a falta de programas de governo.

Como na pesquisa do Datafolha, divulgada poucas horas antes do confronto na Globo, deu Lula com 50% dos votos válidos, supunha-se que o debate poderia definir se haverá ou não segundo turno.

Só que isso ficou mesmo para o domingo, quando os eleitores forem às urnas.

Ivan Sant’Anna, trader, escritor e colunista na Inv Publicações.

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