Um artigo do Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio Avícola, do Instituto Biológico do Estado de São Paulo, revela que o problema afeta praticamente todos os países. No Brasil, a incidência de salmoneloses varia de 9,15% a 86,7%, conforme o estudo, destacando a gravidade do problema para a cadeia de produção avícola.
As salmonelas tíficas provocam doenças clínicas nas aves, representando um significativo desafio sanitário para as poedeiras comerciais. Embora não afetem os humanos, essas bactérias impactam diretamente a avicultura, provocando mortalidade nas aves, queda na produção de ovos e aumentando os custos com tratamentos.
Por sua vez, as salmonelas paratíficas não causam doenças nas aves, mas são significativas para a saúde humana. Elas afetam especialmente os frangos de corte e as matrizes. O prejuízo nesse caso está relacionado à condenação dos lotes positivos no abatedouro e às restrições na comercialização da carne contaminada.
A contaminação ocorre de várias maneiras devido à presença do micro-organismo em diferentes hospedeiros, incluindo humanos, materiais, equipamentos e alimentos. Pode acontecer pelo contato com outros hospedeiros, como roedores e insetos, ou através da ração contaminada. Essa facilidade de transmissão torna a prevenção e o controle mais desafiadores.
No caso da doença clínica, é possível tratar os sintomas com antibióticos, mas uma vez que um lote é identificado como positivo, ele permanecerá assim permanentemente. Para as salmonelas paratíficas, que não causam doença clínica, o tratamento visa apenas reduzir a carga bacteriana no ambiente, mas o lote continuará positivo por toda a sua vida. Dependendo da espécie de salmonela encontrada, o lote pode precisar ser abatido. Aves reprodutoras não podem ser positivas para salmonelas tíficas.
Notícia publicada originalmente em: https://ruralnews.agr.br/agricultura/avicultura/intoxicacao-de-aves-por-salmonella-preocupa-cadeia-produtiva

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