“Muitos dos unicórnios regionais estão agora analisando empresas comparáveis de outras regiões para identificar caminhos comprovados para acelerar o crescimento”, diz José David Otero, chefe de tendências e orientação de inteligência para a América Latina,  da J.P. Morgan Payments, cujo relatório este texto vai se basear para falar sobre IoT (Internet das Coisas). E ele está errado? Vai pensando.

No documento divulgado pela J.P. Morgan, os analistas citam quatro tendências: expansão de banda larga e adoção de smartphones; explosão no mercado de comércio eletrônico; investimento de capital de risco e Internet das Coisas (Internet of Things, IoT). Vamos nos ater nesta última porque meio que casa com que falamos antes aqui no Lounge, o Metaverso. Essas tecnologias do presente/futuro são sempre boas pautas para refletir e elevar o debate sobre o que vem por aí e que vai mudar a vida das pessoas, na nossa.

A J.P. Morgan diz que as indicações sugerem que a América Latina está pronta para um crescimento semelhante ao que ocorreu na China e no Sudeste da Ásia – o que seria um sonho? Talvez não, de acordo com o pessoal da J.P. Morgan, se você deseja expandir na região ou entrar nela, a oportunidade aguarda e embora existam desafios e oportunidades sejam distribuídas de forma desigual entre os países, as quatro tendências revelam a vitalidade regional. Fiquemos com a IoT.

No Google, “Internet das coisas é um conceito que se refere à interconexão digital de objetos cotidianos com a internet, conexão dos objetos mais do que das pessoas. Em outras palavras, a internet das coisas nada mais é que uma rede de objetos físicos capaz de reunir e de transmitir dados”. Vamos aprofundar isso daí.

Internet das Coisas 

Então, o 5G vai fazer a IoT bombar e não somos nós aqui que dizemos, são pessoas especializadas. Conforme a J.P. Morgan, a expansão da largura de banda, as empresas podem conectar mais dispositivos e sensores à internet, agregando inteligência artificial, serviços cognitivos e a capacidade de transformar dados em percepções. 

“Com o lançamento da internet móvel 4G e 5G, é provável que mais famílias adotem dispositivos inteligentes e conectados que usam a Internet das Coisas (IoT). A IoT traz oportunidades para dispositivos vestíveis, soluções de cadeia de suprimentos, conectividade de máquinas, robôs e muito mais”.

Com isso,  espera-se que a tecnologia permita novos ganhos de produtividade nas fazendas e fábricas do futuro, por exemplo. A IoT alimentará veículos conectados, automatizará a fabricação e fornecerá monitoramento e tomada de decisões em tempo real em todas as fazendas. E isso é mais real do que os carros voadores que o pessoal dos anos 80 acreditava que seria verdade em 2000 e nada, ainda estamos rodando na terra, enfrentando trânsito…

Confere o vídeo:

Implicações para os players regionais

Logo, as dicas da J.P. Morgan são:

 • Considere subsidiar estrategicamente os dispositivos de IoT para ajudar a obter massa crítica. De outro modo, os preços podem impedir a adoção até que o custo de fabricação caia. Implicações para as multinacionais.

• Esteja ciente dos planos de implantação de internet móvel e investimento em telecomunicações locais em seu mercado alvo. Alguns mercados vão pular a banda larga em favor da internet móvel. 

• Considere fazer parcerias com empresas locais para identificar os pontos de entrada do aparelho. Um dispositivo diferente pode fazer mais sentido do que alto-falantes inteligentes, por exemplo.

Expectativas

Pois, espera-se que as conexões de IoT na América Latina cresçam para 1,3 bilhão até 2025, o dobro do número de 526 milhões de 2018, impulsionado pela demanda empresarial por fábricas inteligentes e soluções de construção inteligente. Também que a oportunidade total de receita na região seja de US$ 176 bilhões até 2023, de acordo com a Machina. Estima-se que US$ 77 bilhões serão para aplicativos, US$ 5 bilhões para conectividade e US$ 94 bilhões para serviços relacionados, como monetização de dados, integração de sistemas e substituição de middleware. 

Mais um vídeo interessante:


Quer saber mais sobre tendências? Vai pro Clube Acionista!