Dados do Caged e IPCA-15 no Brasil são esperados ao longo dos próximos dias

Na última semana, o Ibovespa enfrentou desafios com um declínio acentuado, influenciado por investidores estrangeiros que optaram por sair do mercado. Dois fatores cruciais agitaram as águas: incertezas sobre os juros nos EUA e tensões crescentes no Oriente Médio.

Além disso, a projeção negativa para as metas de superávit primário para 2025 e 2026 não foi bem recebida, adicionando uma camada extra de preocupação. Nos Estados Unidos, uma elevação de 0,7% foi registrada nas vendas no varejo durante o mês de março, superando as expectativas que giravam em torno de 0,3%.

Na Europa, observou-se uma desaceleração no Núcleo da Inflação ao consumidor, que registrou alta de 2,9% em março de 2024, marcando um recuo em relação aos 3,1% do período anterior. Tal fenômeno indica um arrefecimento na variação anual de preços ao consumidor.

Fonte: Investing

Cenário Local

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A última semana trouxe novos desdobramentos para a economia brasileira, com o governo enfrentando crescentes pressões fiscais. O destaque foi a revisão das metas de superávit primário para os anos de 2025 e 2026, que foram reduzidas pelo Ministério da Fazenda. Essa projeção negativa acendeu um sinal de alerta sobre a trajetória das contas públicas nos próximos anos.

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Fonte: B3

Juros

A conjuntura atual sinaliza um desafiante cenário econômico para o Brasil, com ajustes negativos na curva de juros decorrentes de uma perspectiva fiscal menos otimista. Esse panorama complexifica-se ainda mais diante das crescentes tensões no Oriente Médio e das recentes afirmações dos líderes do Federal Reserve (FED), que apontam para a possibilidade de mantermos taxas de juros altas por um período mais extenso do que inicialmente antecipado.

Câmbio e Commodities

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O Real enfrentou outra semana de queda, enquanto os investidores se voltaram para a solidez do dólar em busca de proteção. No decorrer da última semana, marcada por uma crescente aversão ao risco e por alarmes acerca da inflação nos Estados Unidos, observou-se um avanço significativo no valor do ouro e dos metais. 

Paralelamente, o preço do barril de petróleo apresentou uma volatilidade notável, influenciado inicialmente pelos atos de retaliação de Israel contra o Irã. Contudo, a tensão observada no início da semana mostrou-se atenuada nos dias subsequentes.

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Renda Fixa

As taxas de renda fixa registraram nova alta nesta semana, impulsionadas pela curva de juros ascendente e pelo aumento das expectativas inflacionárias. Os títulos do Tesouro Nacional indexados à inflação, conhecidos como NTNBs, ultrapassaram a marca dos 6% ao longo do período, enquanto os títulos pré-fixados ganharam destaque pelo seu retorno atraente.

Perspectivas para a semana

A agenda da semana promete ser agitada com uma série de indicadores macroeconômicos e a temporada de divulgação de resultados corporativos ao redor do globo. No cenário nacional, os holofotes estarão voltados para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e a apresentação dos resultados financeiros da Vale, além da expectativa em torno do anúncio de dividendos extraordinários por parte da Petrobras.

Internacionalmente, as atenções se voltam para a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre de 2024 nos Estados Unidos e a inflação oficial medida pelo Federal Reserve (Fed).

Paralelamente, o cenário político brasileiro deverá enfrentar desafios significativos, com a necessidade de administrar a controversa pauta que tramita no Congresso Nacional, envolvendo a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê despesas adicionais de R$42 bilhões relacionadas ao quinquênio de juízes e promotores.

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