O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) determinou a abertura de inquérito policial para investigar suposta omissão fraudulenta de informações relevantes aos acionistas e investidores da Vale.

A tal omissão teria sido praticada pelo atual CEO da empresa, Eduardo Bartolomeo; e atuais executivos e ex-diretores da mineradora, como Paul Antaki e José Carlos Martins.

O inquérito envolve a quantia total de US$ 2,5 bilhões para aquisição de direitos de exploração da mina de ferro de Simandou, na África Ocidental. Este negócio foi firmado em 2010 pela Vale com a BSGR, empresa que pertence ao israelense Benjamin Steinmetz, mas acabou desfeito e gerou uma disputa em cortes internacionais.

A investigação decorre de uma notícia-crime apresentada pelo empresário israelense em outubro do ano passado. O MP determinou que a Polícia Civil tome os depoimentos de atuais e ex-diretores da Vale mencionados na notícia-crime, incluindo Bartolomeo.

O MP-RJ determinou também a notificação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que preste informações sobre o caso.

Impacto: Negativo. A investigação, caso acabe encontrando informações anteriormente omitidas, pode ter um efeito extremamente negativo na imagem da companhia; já que mostra grande falta de transparência e assim interfere na confiança do investidor.

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