Nesta terça-feira, 13 de agosto, a Infracommerce (IFCM3) celebrou um memorando de entendimentos não vinculante (MOU) com as instituições financeiras que são suas principais credoras, com o estabelecimento dos parâmetros gerais para o alongamento e repactuação da sua dívida, que totaliza aproximadamente R$ 650 milhões.
A assinatura do MOU compõe a implementação pela Infracommerce de um plano de reestruturação e turnaround para melhoria de sua estrutura de capital e performance operacional.
O MOU estabelece, em linhas gerais, a repactuação das dívidas mediante:
- – i) desalavancagem de até R$ 370 milhões, por meio de transação que envolve a participação que a Infracommerce detém na controlada New Retail e, eventualmente, o ingresso de, ao menos, R$ 50 milhões em novos recursos a serem destinados para reforço do capital de giro; e
- – ii) emissão de dívida mandatoriamente conversível em novas ações de emissão da Infracommerce com vencimento alongado, no montante do saldo remanescente da dívida sujeita ao plano de reestruturação.
Com o intuito de que haja tempo hábil para a conclusão da negociação sobre a documentação definitiva do plano, as instituições financeiras credoras acordaram, ainda, de maneira vinculante, com a prorrogação, até, pelo menos, 7 de outubro de 2024, da exigibilidade de quaisquer obrigações de pagamento de parcelas de remuneração e principal que venham a vencer no período.
Todas as etapas cumprirão os ritos de governança corporativa aplicáveis à Infracommerce, suas subsidiárias, e às instituições financeiras credoras, e poderão ser implementadas por meio de instrumentos ou transações similares que acarretem substancialmente no mesmo resultado, sujeito à celebração de documentos definitivos entre as partes envolvidas.
Na perspectiva de alavancagem operacional, o plano objetiva uma redução de custos e despesas a partir do segundo semestre de 2024, com ações estratégicas para melhoria de margem operacional e do fluxo de caixa operacional, como:
- – otimização dos centros de distribuição, reduzindo a quantidade de centros de distribuição e melhoria a produtividade neles;
- – redução de custos operacionais com renegociações com fornecedores ligados aos principais gastos da Infracommerce;
- – redução de estruturas corporativas;
- – renegociações de preços e prazos de pagamentos para todos os gastos; e
- – renegociação ou rescisão de determinados contratos vigentes com clientes.
A Infracommerce afirmou esperar que as medidas contempladas para redução de custos aconteçam ao longo dos próximos doze meses e que sejam significativamente percebidas no segundo semestre de 2024.