A Infracommerce, companhia de soluções digitais focada no negócio de e-commerce, movimentou R$ 870 milhões em sua oferta inicial de ações que envolveu apenas investidores institucionais, sem venda de ações no varejo. O valor irá reforçar o caixa da empresa, que visa investimentos em tecnologias para melhorar a experiência dos consumidores, além de algumas aquisições estratégicas.

“É um marco histórico para o e-commerce brasileiro. Oficialmente, após 9 anos de sua fundação, a Infracommerce abre seu capital na B3. É uma conquista muito importante não só para a empresa, mas todo o setor”, comenta Felipe Dellacqua, especialista em e-commerce e sócio da VTEX, multinacional que desenvolve plataformas de e-commerce para um quarto das lojas virtuais do país.

Infracommerce

As ações da empresa passam a ser negociadas com o código IFCM3. A empresa de soluções digitais teve prejuízo de R$ 2,312 milhões em 2020, mas melhorou o resultado em relação às perdas de R$ 7,888 milhões de 2019. O Ebitda da companhia somou R$ 20,793 milhões, quase 2,4 vezes maior que em 2019. A receita líquida cresceu mais de 70%, chegando a R$ 235,933 milhões.

A faixa indicativa da operação vai de R$ 16 a R$ 16,80. Assim, se todas as ações dos lotes principal e suplementar fossem distribuídas, a oferta movimentaria R$ 1,05 bilhão.

“Agora com uma avaliação de R$ 4 bilhões de reais, um baita feito para uma startup com pouco menos de 10 anos de vida, que está avaliada em 17 vezes a receita líquida e 192 vezes o Ebitda. Múltiplos de dar inveja a qualquer empresário”, diz Felipe.

Bolsa

Para o especialista, a entrada da empresa na bolsa é um exemplo para outras empresas do setor seguirem o mesmo caminho. “Um dos aspectos positivos de tudo isso é que a Infracommerce abre uma nova categoria no mercado acionário brasileiro, dando mais destaque para o e-commerce e servindo de referência para outros players do mercado seguirem o mesmo caminho de sucesso que a Infracommerce trilhou até agora”, completa o especialista.

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