📈 CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS

Inflação do IGP-M mais baixa e déficit do governo central menor do que a mediana das projeções do mercado financeiro.

Estas deveriam ter sido as notícias a permear os ativos de mercado financeiro, porém os sinais de ruídos políticos constantes, dada a chegada das manifestações de 7 de setembro trouxeram volatilidade e falta de rumo.

DIs curtos para baixo, em resposta à inflação mais modesta, os longos para cima, em resposta aos temores da questão fiscal; enquanto dólar alivia seguindo a tendência global e bolsa perde o ritmo do mercado internacional.

Enquanto isso, em nível global, a inflação continua a mostrar força como hoje na Zona do Euro; com alta mensal de 0,4% e núcleo anual de 1,6%, a maior em 10 anos, na proximidade da próxima reunião do BCE.

Eis o ponto importante para o Brasil neste momento, pois o sofrimento com a inflação; a qual possui fortes elementos climáticos e de choques de ofertas em nível global não é nossa exclusividade.

Todavia, os excessos de ruídos locais e a falta de pragmatismo no avanço das pautas de reformas no congresso transformam o impacto que é global e local nos preços em um ônus do próprio governo, ou seja, um ataque autoinflingido.

Em termos globais, a esperança de reversão desta inflação é tão incerta quanto sua pretensa temporariedade, ou seja, se os bancos centrais continuarem a insistir em políticas irresponsavelmente frouxas por um período tão duradouro quanto estão sendo as atuais pressões de preços, a tendência seria somente de piora.

Portanto, o trabalho do governo neste momento deveria ser em recriar a agenda de ações e reformas com o congresso e ainda que se observe um esforço como aquele indicado por Guedes e Pacheco nas suas conversas recentes, é necessário que isso tudo se converta em ações, ao invés de discursos.

Por fim, o mundo também deveria estar mais atento à questão de crédito na China, excesso de estoque imobiliário que se formou nos últimos anos, shadow banking, a queda do bônus demográfico, apesar do fim do programa de filho único e as cada vez mais pesadas intervenções do governo, especialmente nas empresas de tecnologia, como já avisamos desde 2018.

Estes temas podem facilmente dominar o debate global em breve.

Atenção ao setor público consolidado aqui e ao mercado imobiliário nos EUA.

📊 ABERTURA DE MERCADOS

A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na última sessão do mês de agosto.

Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, apesar dos PMI na China abaixo das expectativas.

O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre.

O petróleo queda alta em Londres e Nova York, com o furacão Ida mais fraco.

O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,80%.

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