A economia global vive um momento de incertezas, com sinais contraditórios dos principais mercados sobre o cenário de inflação e cortes de juros. Nos Estados Unidos, o crescimento do PIB no segundo trimestre superou as expectativas, impulsionado pelo consumo das famílias e um mercado de trabalho aquecido. Entretanto, parte desse crescimento se deve à variação dos estoques, um elemento volátil, que deve ser interpretado com cautela.
Inflação e perspectivas de juros nos EUA
O núcleo do PCE, indicador de inflação monitorado pelo Fed, veio conforme o esperado animando os mercados. Esse dado alimenta as expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos, possivelmente a partir de setembro.
No entanto, a decisão final dependerá das próximas rodadas de dados econômicos, bem como no comunicado após a decisão sobre os juros desta quarta-feira (31). Conforme nossa cobertura no Clube Acionista, setembro é a data mais esperada pelo mercado, contudo ainda vemos gestores e analistas sinalizando que o primeiro corte será em dezembro. Dessa forma, a distorção de estimativa faz com que o monitoramento seja ainda mais próximo com possíveis mudanças antes disso.
China e brasil: movimentações econômicas
Na China, o Banco Popular decidiu cortar as taxas de juros na tentativa de estimular a economia após dados decepcionantes do PIB. Enquanto isso, no Brasil, a prévia do IPCA de julho veio acima do esperado, acendendo o alerta para um possível aumento na taxa Selic em 2024. O governo brasileiro continua ajustando suas previsões fiscais, com um déficit projetado de R$ 32,6 bilhões, impulsionando cortes de despesas.
A arrecadação de impostos no Brasil apresentou forte crescimento em junho, alcançando R$ 208,8 bilhões, o melhor desempenho histórico para o mês. No entanto, isso ainda pode ser insuficiente para atingir a meta fiscal do ano.
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O que esperar para a semana
Nos Estados Unidos, o Fed anunciará sua decisão de juros na quarta-feira, com expectativa de manutenção em 5,5%. Outros eventos importantes incluem a divulgação do PIB na zona do euro e a decisão de política monetária no Japão. No Brasil, o Copom deve manter a Selic em 10,50%, mas com um tom mais rigoroso devido às pressões inflacionárias.
Dessa forma, diante das incertezas no mercado americano e a volatilidade dos juros, diversificar em fundos globais e até ETFs pode oferecer uma proteção adicional ao portfólio. Bem como, em empresas com histórico de resiliência em tempos de alta inflação e juros podem se destacar, oferecendo oportunidades de crescimento. Por isso acesse o Clube Acionista e fique por dentro das principais recomendações do momento.
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