A indústria de motocicletas produziu 53.631 unidades em janeiro. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, o volume é 27% menor ao registrado em dezembro (73.471 motocicletas) e 46,5% inferior na comparação com o mesmo mês do ano passado (100.292 unidades).

O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirma que a queda já era esperada, pois a cadeia produtiva foi fortemente impactada pela segunda onda do coronavírus na cidade de Manaus, que levou o governo estadual a impor restrições à circulação de pessoas e instituir o toque de recolher. ‘Essas medidas levaram muitas fabricantes a reduzir suas jornadas e trabalhar em um único turno. Além disso, tivemos paralisações temporárias em algumas empresas devido à falta de insumos’, explica.

De acordo com Fermanian, o cenário adverso neste início do ano não deve alterar a estimativa da entidade de produzir 1.060.000 motocicletas em 2021. ‘O impacto de janeiro já estava nos nossos radares. A maior dificuldade para todos os setores da economia é saber como ficará a situação da pandemia nos próximos meses’, afirma. ‘É preciso que a imunização em massa ocorra o mais rápido possível para que a indústria volte a operar com fôlego, recupere as perdas dos últimos meses e consiga, finalmente, equilibrar a relação de oferta e demanda’, destaca.

O presidente da Abraciclo explica que ainda não será possível atender à demanda e acabar com a fila de espera por motocicletas. Atualmente existem cerca de 150 mil pessoas, principalmente aquelas que adquiriram o veículo por meio de consórcio, aguardando sua motocicleta. ‘Esperávamos atender uma parte delas agora. No entanto, as novas restrições impostas pelo aumento de casos da Covid-19 impediram que as fabricantes mantivessem o mesmo ritmo de produção dos últimos meses de 2020’, explica.

Vendas no varejo

Em janeiro foram emplacadas 85.798 motocicletas, o que corresponde a uma queda de 13,1% na comparação com as 98.775 unidades licenciadas em dezembro. Em relação ao mesmo mês de 2020, houve recuo de 6,4% (91.664 unidades).

A Street foi a categoria mais emplacada com 41.738 unidades licenciadas e 48,6% do mercado. Na sequência, vieram a Trail (16.567 unidades e 19,3% de participação) e a Motoneta (12.545 unidades e 14,6%).

Com 20 dias úteis, a média diária de vendas foi de 4.290 unidades – a melhor desde janeiro de 2015, que teve 5.174 motocicletas emplacadas/dia. Em relação a dezembro, com dois dias úteis a mais e média diária de 4.490 unidades, o recuo foi de 4,5%. Na comparação com janeiro do ano passado, que também teve 22 dias úteis, foi registrada alta de 3%. Naquele mês, a média diária de vendas foi de 4.167 motocicletas.

Exportações

No primeiro mês do ano, foram exportadas 3.904 motocicletas. O volume foi 12,8% menor na comparação com as 4.477 unidades embarcadas em dezembro. Em relação a janeiro de 2020, quando as exportações totalizaram 1.701 unidades, houve alta de 129,5%.

Segundo levantamento do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, que registra os embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, os três principais destinos foram: Argentina (1.704 unidades e 42,2% do volume total exportado), Estados Unidos (1.198 unidades e 29,7% das exportações) e Austrália (579 unidades e 14,3%).

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