O índice Treynor é uma medida de desempenho de portfólio que leva em consideração o risco sistemático, ou seja, o risco que não pode ser diversificado, também conhecido como risco de mercado. Desenvolvido por Jack Treynor, um renomado economista e consultor financeiro americano, na década de 1960.
O cálculo do índice Treynor é realizado dividindo-se o excesso de retorno do portfólio em relação a um ativo livre de risco pela medida de risco sistemático, representada pelo coeficiente beta. O excesso de retorno é a diferença entre o retorno do portfólio e o retorno do ativo livre de risco, geralmente representado pelo Tesouro Direto. O beta, por sua vez, mede a sensibilidade do portfólio em relação ao mercado.
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Como funciona o índice Treynor
Dessa forma, o índice Treynor permite avaliar se um portfólio obteve um desempenho superior ou inferior ao esperado, levando em consideração o risco sistemático assumido. Quanto maior o índice, melhor o desempenho ajustado pelo risco sistemático.
Por exemplo, em uma aplicação do índice Treynor, onde comparamos o desempenho de dois portfólios, A e B, com retornos anuais de 15% e 20%, respectivamente.
O portfólio A tem um beta de 1, enquanto o portfólio B tem um beta de 2. Se a taxa livre de risco for de 5%, o excesso de retorno de A é de 10% e o de B é de 15%. Portanto, o índice Treynor de A é de 10% / 1 = 10%, enquanto o de B é de 15% / 2 = 7,5%. Mesmo com um retorno menor, o portfólio A apresenta um desempenho superior quando levamos em consideração o risco sistemático assumido.
Vantagens e desvantagens
Entre as vantagens do uso do índice Treynor estão a capacidade de avaliar o desempenho ajustado pelo risco sistemático e a simplicidade de cálculo. Porém, uma desvantagem é que ele não leva em consideração o risco não sistemático, ou seja, o risco que pode ser eliminado através da diversificação.
Além disso, o índice Treynor assume que a relação entre o retorno do portfólio e o mercado é linear e constante, o que pode não ser verdade em todos os casos.
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