A prévia extraordinária das Sondagens da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), com dados coletados até o dia 15 deste mês, sinaliza uma recuperação nos índices de confiança em junho de 2020. Em relação ao número final de maio, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) cresceria 14,5 pontos, para 80,0 pontos. Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiria 8,9 pontos, para 71,0 pontos.

‘A prévia das Sondagens de junho sinaliza uma aceleração do movimento de recuperação da confiança perdida no bimestre março-abril. Embora ambos os índices continuem baixos em termos históricos, houve descolamento entre a confiança de empresas e consumidores. Houve melhora das expectativas empresariais em relação aos próximos meses, sob influência da anunciada flexibilização de medidas restritivas em diversos estados brasileiros. Já os consumidores se mostram ainda insatisfeitos com a situação presente e desconfiados quanto a possíveis melhoras no curto prazo’, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens da FGV IBRE.

O crescimento da confiança na prévia de junho, tanto para empresas quanto para os consumidores, decorre de uma ligeira recuperação da situação corrente, mas principalmente pelo aumento das expectativas sobre os próximos meses.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança setoriais produzidos pela FGV IBRE. A alta de 14,5 pontos do índice no mês resultou de recuperação do Índice de Situação Atual dos Empresários (ISA-E), que subiria 7,2 pontos, para 63,9 pontos, enquanto o Índice de Expectativas Empresarial (IE-E) subiria 20,1 pontos, para 83,1 pontos.

Neste mês, todos os setores apresentariam melhora da confiança. Como destaque, temos a variação de 17,2 pontos do Comércio, o que faz com que o setor apresente a maior recuperação das perdas observadas no bimestre março-abril, tanto em termos absolutos (23,4 pontos) quanto relativos (aproximadamente 61%).

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Em segundo lugar, vemos a Indústria com avanço de 17,0 pontos e recuperação de 20,2 pontos, ou 47%. Já para Serviços e Construção, no mesmo período, a devolução das perdas seria de 45% e 31%. Em médias móveis trimestrais, todos os setores continuariam em queda.

Entre os consumidores, o Índice de Confiança dos Consumidores subiria 8,9 pontos para 71 pontos influenciado por uma variação de 5,1 pontos na percepção sobre a situação atual (ISA-C), e aumento de 11,3 pontos no indicador que mede as perspectivas para os próximos meses (IE-C) para 73,0 pontos.

(MR – Agência Enfoque)

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