A Fundação Getulio Vargas (FGV) anunciou que o Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) caiu 14,5 pontos em setembro de 2020, para 145,8 pontos. Em médias móveis semestrais, o indicador recuou 3,6 pontos, após manter tendência de alta desde janeiro deste ano.

‘Depois de uma preocupante desaceleração em agosto, a queda do IIE-Br voltou a acelerar em setembro. O resultado reflete a constatação pelos agentes de um retorno sólido das atividades econômicas e a continuidade do movimento de relaxamento de medidas de isolamento social impostas pela pandemia de covid-19. Apesar da melhora no mês, o indicador ainda está 9,0 pontos acima do nível máximo anterior a pandemia, alcançado em setembro de 2015. O resultado ainda incômodo ocorre sob influência majoritária da crise de saúde e seu impacto sobre a economia, com destaque para a piora da situação fiscal do país’, afirma Anna Carolina Gouveia, Economista da FGV IBRE.

Os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam na mesma direção em setembro. O componente de Mídia recuou 13,5 pontos, para 130,0 pontos, contribuindo negativamente em 11,8 pontos para a queda do indicador geral no mês. Já o componente de Expectativas contribuiu negativamente em 2,7 pontos para o comportamento do IIE-Br, ao recuar 12,6 pontos, para 190,0 pontos. Esta é a primeira vez que o indicador fica abaixo dos 200 pontos desde o início da pandemia.

‘Os indicadores setoriais vêm sinalizando que a retomada da economia está acontecendo em etapas, o que ajudou a impulsionar a queda de dois dígitos entre julho e setembro do Componente de Expectativas. Apesar disso, a dispersão das previsões dos especialistas continua extremamente elevada, devido principalmente, às incertezas em torno da continuidade de recuperação após a retirada dos auxílios e da velocidade de recuperação do setor de Serviços, grande demandante de mão de obra na economia.’

(MR – Agência Enfoque)

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