O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas subiu 1,0 ponto em maio, para 115,9 pontos.
‘Após cair expressivamente no mês anterior, o Indicador de Incerteza acomoda em maio em nível ainda superior ao da elevada média de 114,4 pontos observada nos cinco anos anteriores à pandemia (entre março de 2015 e fevereiro de 2020). O nível moderadamente elevado do IIE-Br reflete uma combinação de fatores internos e externos. No front internacional, a escalada de inflação em diversos países; o conflito no leste Europeu e a desaceleração da economia chinesa são fontes relevantes de incerteza. No Brasil, a perda de poder aquisitivo da população diante da inflação, o elevado nível de endividamento das famílias e a piora das condições fiscais ao longo de 2022 levantam dúvidas quanto à continuidade dos resultados positivos para a atividade econômica como os do primeiro trimestre. Diante deste cenário desafiador para a conjuntura internacional e doméstica; o indicador deve continuar a oscilar em patamar elevado nos próximos meses’, afirma Anna Carolina Gouveia, Economista do FGV IBRE.
Os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam no mesmo sentido em maio. O componente de Mídia subiu 0,5 ponto, para 114,1 pontos, contribuindo com 0,4 ponto para o índice agregado. O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas; subiu 2,4 pontos, para 116,4 pontos, contribuindo positivamente em 0,6 ponto para a evolução na margem do IIE-Br.