O Indicador Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo o Brasil, avançou 12,6% em junho na comparação mensal dessazonalizada, de acordo com dados apurados pela Boa Vista.
Na avaliação acumulada em 12 meses, o indicador apresenta retração de 3,3%. No acumulado do ano houve queda de 8,5% contra o mesmo período do ano passado. Já em relação ao mesmo mês de 2019, o varejo recuou 5,5%.
Após o indicador registrar queda acentuada em abril, os resultados de maio e junho recuperam parte dessa perda e somam dois avanços mensais consecutivos, refletindo leve reação do varejo com as medidas de estímulo aos empresários e consumidores no combate à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Ademais, dadas as adversidades provocadas pela chegada do novo vírus, reduzindo renda e emprego; e pelas medidas de isolamento social ainda vigentes, espera-se que o movimento do comércio siga bastante fragilizado ao longo de 2020. Portanto, apesar do aumento na base mensal, melhores resultados ainda dependerão da flexibilização das medidas de isolamento e do desempenho dos principais setores da atividade.
Setores
Na análise mensal, o segmento de ‘Móveis e Eletrodomésticos’ apresentou alta de 39,7% em junho após já ter registrado alta de 34,9% no mês anterior, descontados os efeitos sazonais. Já nos dados sem ajuste sazonal, o segmento se aprofundou ainda mais no campo negativo e recuou 14,2% no acumulado 12 meses.
A atividade de ‘Supermercados, Alimentos e Bebidas’ registrou variação de -1,1% no mês na série dessazonalizada. Na série sem ajuste, a variação acumulada em 12 meses foi de 2,1% em relação ao ano anterior.
Já a categoria de ‘Tecidos, Vestuários e Calçados’ cresceu 2,4% no mês, expurgados os efeitos sazonais. Nos dados acumulados dos últimos 12 meses houve alta de 5,8%.
Por fim, o segmento de ‘Combustíveis e Lubrificantes’ apresentou retração de 1,5% em junho considerando dados dessazonalizados, enquanto, na série sem ajuste, a variação acumulada foi de -5,7%.