O SuperFoods Summit Brazil, realizado pelo Instituto Brasileiro
de Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (IBRAFE) e pela Apex Brasil, na última
semana, recebeu uma missão empresarial indiana com a intenção de chegar a
negociar US$ 1 bilhão em feijões e pulses do país. O interesse principal são as
variações de feijão, como guandu e mungo preto e a ideia é fazer compras anuais
para suprir a demanda interna, com início já em 2024.

“Autoridades da Índia vieram com interesse na importação de feijão-mungo preto e do guandu. Do mungo preto, devemos ter uma quantidade a
ser ofertada entre 40 e 50 mil toneladas para fechar esse ano”, destacou o
presidente do IBRAFE, Marcelo Eduardo Lüders.Índia: consumo de 30 milhões de toneladas

Segundo a Food and Agriculture Organization (FAO), ligada à
Organização das Nações Unidas (ONU), esses Feijões representam a base da dieta
proteica do país, uma vez que 42% da população é vegetariana. A Índia consome
atualmente 30 milhões de toneladas anuais de variantes de feijão, produzindo
cerca de 27 milhões o que abre a necessidade das importações.

Para atender à crescente demanda do mercado interno, autoridades
indianas vêm buscando novos mercados fornecedores, com capacidade produtiva,
como é o caso do Brasil. IBRAFE e Apex Brasil têm intermediado negociações
nesse sentido e para estreitar ainda mais esses laços convidaram a comissão
indiana para vir ao Brasil e participar do SuperFoods Summit Brazil.

Brasil supridorSegundo Bimal Kothari, chairman da Associação Indiana de Grãos e
Pulses, a expansão econômica aumentará esse consumo entre 10% e 15% anualmente
nos próximos 10 anos, fazendo do Brasil o país com maior capacidade produtiva
para suprir essa demanda.

Dentro do projeto APEXBrasil e IBRAFE Brazil Superfoods, Marcelo
Lüders presidente do IBRAFE e organizador do Summit, confirmou que já ficou
agendada a maior missão da história deste setor para India, em setembro dese
ano. Consolidação Durante a Gulfood, realizada em Dubai no início de 2024,
IBRAFE e Apex Brasil intensificaram as negociações de exportação com as
autoridades indianas. Acordos bilaterais e fitossanitários foram alinhados para
que ambos os lados tivessem segurança nas transações. Além disso, foram feitos
testes com o solo brasileiro com as variedades consumidas na Índia e o
resultado foi excelente.

“O Brasil tem a capacidade e a Índia, a demanda. Uma vez no
mercado indiano, que tem mais de 1 bilhão de pessoas, novas oportunidades se
abrem. É uma oportunidade única, deixo com o IBRAFE um cheque assinado em
branco para levar adiante esta negociação”, afirmou o diretor-executivo da
Nafed, Sunil Kumar Singh.

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