Em 1999 o Prêmio Abrasca Relatório Anual elegeu o documento da Aracruz Celulose como o melhor, no conjunto de informações.
Criada em 1972 e incorporada em 2009 pela Fíbria (atual Suzano), a companhia foi a primeira brasileira a lançar ADRs na NYSE, em 1992. Durante um período respondeu por ¼ de toda a produção mundial de celulose branqueada. Em 1998, ano-base para a confecção do seu Annual Report premiado, teve prejuízo de R$ 71 milhões. E o que fez a companhia? Tentou desmentir os números, brigar com a fotografia daquele ano, desqualificar analistas do mercado ou assumiu a bronca e explicou tim-tim por tim-tim o porquê do revés no exercício? O resultado da premiação, outorgada por um Júri formado por vários representantes de entidades do mercado, responde à questão.
Desce o pano. Próximo Ato: em 2020 a Amazônia tem aumento histórico de queimadas e desmatamento e o Pantanal contabiliza 300 vezes (trezentas mesmo) mais focos de incêndio em seu rico território.
Enquanto a Primavera não chega, e com ela as chuvas, países da União Européia (EU) aproveitam para externar sua preocupação com a sustentabilidade brasileira em meio ao fogaréu tupiniquim, cuja fuligem já chegou a São Paulo na semana que passou e estava prevista para dar uma esticada ao balneário do Rio de Janeiro no fim de semana. Além das fotos de satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais), as vias respiratórias e os olhos também detectaram o descalabro. Alemanha, Bélgica, Dinamarca, França, Holanda, Itália, Noruega e Reino Unido enviaram uma carta aberta ao VP da República e coordenador do Conselho da Amazônia, Hamilton Mourão. Esses países, somados, responderam por 10% da receita brasileira de exportação no período janeiro-agosto deste ano, ou mais exatamente US$ 6,7 bilhões.
Desce o pano. Próximo ato: em “live”, o VP defende a criação de uma agência que centralize e aperfeiçoe ações de monitoramento e alertas do governo federal relativamente à floresta amazônica e o presidente Jair Bolsonaro diz, pra quem quiser ouvir, que ninguém cuida melhor do meio ambiente que o Brasil.
Próximo ato: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai voltam a discutir o acordo Mercosul-UE com a França, Alemanha…
IPO
Nesta segunda-feira, 21, a B3 transmitirá evento de início de negociação das ações da construtora Cury no Novo Mercado (ticker CURY3). A cerimônia de toque de campainha será ao vivo, pelo endereço www.tvb3.com.br e pelo canal oficial da B3 no Youtube.
Com isto, a Cury (subsidiária da Cyrela) passará a ser a 151ª empresa listada no Novo Mercado, segmento com os mais elevados padrões de governança corporativa.
TIJOLO
Tijolo por tijolo, o mercado imobiliário vai crescendo no Brasil. E as companhias estão animadas com o mercado de capitais. Ainda na quinta-feira da semana passada, 17, a Plano&Plano (ticker PLPL3), subsidiária da Cyrela, voltada a imóveis de baixa renda e presente nos Estados de São Paulo, Maranhão e Rio Grande do Norte, captou R$ 690 milhões, para capital de giro e compra de terrenos.
BNDES
O BNDES anunciou o lançamento de oferta de suas ações da Suzano. O banco detém hoje o equivalente a 11% de participação no capital da gigante de papel e celulose. Ao preço do fechamento de sexta-feira, 18, a oferta poderá movimentar R$ 7,5 bilhões.
Nada mal para quem já embolsou R$ 8 BI no primeiro semestre do ano com a venda de outras participações societárias. Sobre os papéis da Suzano, a oferta será realizada simultaneamente no Brasil, em mercado de balcão, e no exterior (por meio de ADS-American Depositary Shares), já devidamente registrada na SEC – a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos.
BDR
Visando facilitar a diversificação do portfólio do investidor Pessoa Física, diante da Selic na mínima histórica de 2% ao ano, a B3 informa a decisão de reduzir, a partir do dia 28 de setembro, o tamanho do lote padrão de negociação no mercado secundário dos BDRs Não Patrocinados Nível I e dos ETFs (fundos de índice) de renda variável, bem como das opções sobre os fundos de índices.
O lote, que até o dia 28 seguirá formado por dez unidades de cada um dos ativos, passará no fim deste mês para apenas uma unidade. Paralelamente, o lote dos BDRs Patrocinados Nível II e III passará de cem para uma unidade.
CARBONO
A Petrobras lança programa com vistas a preparar as suas atividades de refino de gás para o mercado de baixo carbono. Segundo a empresa, o “Biorefino 2030” prevê projetos para a produção de uma nova geração de combustíveis, mais modernos e sustentáveis como, por exemplo, o diesel renovável e o bioquerosene de aviação.
Ainda na área de refino, a companhia anuncia a meta de redução de 30% na captação de água em suas refinarias e em 16% a intensidade do carbono do segmento até 2022. “Esse novo combustível reduz em 70% a emissão de gases de efeito estufa se comparado ao óleo diesel mineral”, afirma a empresa, em nota.
CARBONO 2
Saiu no site de Plurale: todas as xícaras de café Nespresso serão neutras em carbono até 2022. Pioneira em cafés de porções individuais, a empresa assume neste 17 de setembro o compromisso global de compensar toda sua cadeia de suprimentos e ciclo de vida de produto. Isso significa que, em 27 meses, tudo que for produzido e comercializado pela companhia será calculado em créditos de carbono e os impactos ambientais inerentes gerados pela atividade industrial serão minimizados totalmente.
“A mudança climática é uma realidade e o nosso futuro depende de irmos além e de forma rápida em relação aos compromissos com a sustentabilidade. Realmente acredito que tanto o nosso negócio quanto a indústria do café em si podem ser uma força mundial para o bem ao lidar com esta questão”, afirma Guillaume Le Cunff, CEO global da Nespresso.
SOCIAL
A Unipar, produtora de cloro, soda e PVC, anunciou a doação de mais 30 toneladas de hipoclorito de sódio à Prefeitura de Cubatão, cidade encravada no pé da serra do Mar, em São Paulo. O insumo permitirá a produção de 180.000 litros de água sanitária destinados à limpeza e higienização de vias públicas do município.
Com isto, a empresa atende ao pedido da municipalidade para ajudar em estratégias de prevenção e proteção às pessoas, em virtude do aumento dos casos de COVID-19 registrados na cidade, nos últimos meses. Até a metade deste mês de setembro a Secretaria Municipal de Saúde havia registrado mais de 6.000 casos da doença.
DIGITAIS
O Banco Bradesco S.A. comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral o início das operações do BITZ Serviços Financeiros S.A., nova empresa da Organização Bradesco, que ingressa no mercado brasileiro de Carteiras Digitais e Contas de Pagamento. Por meio da nova empresa, será oferecido o produto BITZ, uma carteira digital que possibilitará aos clientes armazenar dinheiro, fazer pagamentos, transferências, recebimentos, recarga de celular, pagamentos por QRCode e compras on line.
SAÚDE
No programa “GRI Reflexões” da semana que passou, tivemos o debate sobre Saúde Mental no trabalho em tempos de pandemia. Chair do Conselho da Global Reporting Initiative no Brasil, Sonia Favaretto pilotou a “live”, que teve a consultora de Desenvolvimento Humano Rebeca Toyama falando sobre carga horária. “Pessoas trabalham 12, 14, 16 horas e a produtividade cai extraordinariamente. As empresas precisam identificar o desgaste mental de seus colaboradores e este é um momento ideal para se lançar um novo olhar sobre a questão, mitigando riscos”, pontuou.
A pesquisadora Débora Mello abordou a paralisação que toma conta das pessoas, em vários momentos da carreira, e propõe que sejam vistos, com carinho, cada um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
SAÚDE 2
Enquanto a psicanalista Ana Lizete discorreu sobre “o acolhimento da dor”, pois as pessoas “têm vergonha de dizer que sofrem” – acentuou ela no mesmo debate da GRI –, o estrategista Celso Grecco chamou a atenção para um outro ponto, com o qual vamos nos deparar brevemente.
“Quando achatar a curva do coronavírus pode achatar também a curva da saúde mental no trabalho”, disparou.