Se você acompanha o noticiário do mercado imobiliário, já deve ter notado que a recente reforma tributária está gerando ondas significativas nesse setor vital para nossa economia. Dessa forma, cabe ao investidor se posicionar de maneira estratégica nesse cenário em transformação.

Em julho, a Câmara dos Deputados aprovou a regulamentação da reforma tributária, que trouxe mudanças importantes para a construção civil. Uma das principais alterações é a dedução de 40% do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), um aumento na carga tributária para o setor. Para se ter uma ideia, hoje o ganho na compra e venda de imóveis é taxado em torno de 8%, sem contar o ITBI de 3%. Com a nova reforma, a tributação poderá saltar para 15,9%, excluindo os créditos tributários.

O impacto direto dessa mudança se reflete no canteiro de obras e, por conseguinte, no bolso do consumidor. A maior carga tributária tende a elevar os preços dos imóveis e encarecer os empreendimentos. Assim, podendo tornar a aquisição de moradias mais cara para o comprador final.

O cenário do setor com a reforma tributária

Apesar desses desafios, 2024 está se mostrando um ano promissor para a construção civil, impulsionado pelos investimentos em programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida e o Casa Paulista. Contudo, a nova carga tributária pode atrapalhar essa dinâmica positiva. Veja como está o desempenho de algumas empresas de construção civil listadas na Bolsa de Valores conforme a cobertura do Clube Acionista.

O ranking bear market considera o preço mais alto das últimas 52 semanas contra o valor atual. Veja que a maioria das empresas apresentam forte queda.

O aumento de impostos não só pressiona as construtoras a desembolsar mais para a construção, como também pode resultar em preços mais altos para o consumidor. Assim, o setor imobiliário enfrenta uma situação delicada.

Sem uma redução significativa da carga tributária, tanto as empresas quanto os consumidores saem perdendo. Conforme entidades do setor, como a ABRAINC e o Secovi-SP, sugerem uma redução de 60% para evitar o aumento de preços e manter o custo de aquisição de imóveis no patamar atual. Além disso, para os aluguéis, a recomendação trata de uma redução de 80% na tributação para evitar um aumento substancial.

Necessidade de ação

Conforme o presidente da ABRAINC, Luiz França, destaca a importância de considerar o impacto fiscal em um setor tão crucial para nossa economia. Com um déficit habitacional de 7,8 milhões de moradias e a necessidade de mais 11 milhões na próxima década, a construção civil é fundamental para o crescimento e estabilidade econômica do país. Bem como, com mais de 2,9 milhões de trabalhadores no setor e uma criação significativa de empregos, qualquer impacto negativo na tributação pode reverberar amplamente.

À medida que aguardamos os próximos passos no Senado e a possível reversão das decisões atuais, é crucial que investidores e profissionais do setor se mantenham informados . Dessa forma, preparados para ajustar suas estratégias conforme necessário.

Em momentos como este acompanhar as recomendações de diversas casas e relatórios que enfatizam onde está a oportunidade torna-se uma estratégia sólida e a chave para o sucesso. Assim, acompanhar as análises de diferentes especialistas e buscar o consenso dos profissionais pode ajudar a tomar decisões mais acertadas e a maximizar suas oportunidades de investimento.

Para se manter à frente e obter as melhores recomendações, acesse o Clube Acionista. Na plataforma você encontrará materiais e análises de diversas instituições financeiras em um só lugar, oferecendo um panorama completo para suas decisões de investimento.

Acompanhe de perto os desdobramentos e continue investindo com sabedoria!

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Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte