A Iguatemi Empresa de Shopping Centers finalizou o segundo trimestre do ano com números animadores.
Após a segunda onda da Covid-19, que resultou em um lockdown imposto nas operações dos empreendimentos, o segundo trimestre de 2021 foi marcado pela retomada das operações do setor de shoppings centers diante do avanço do programa de vacinação em todo o país e da melhoria na capacidade hospitalar e das curvas de contágio. Os números do balanço apontam um aumento considerável em relação ao segundo trimestre do ano passado, quando o setor de shoppings centers foi fortemente impactado no início da pandemia.
A capacidade de utilização média do portfólio que atingiu 76,3% no 2T21. “Como resultado deste aumento e a melhora na confiança do consumidor devido ao programa de vacinação, vimos as vendas do portfólio retomarem de forma expressiva em maio e junho, chegando próximas de 100% das vendas no mesmo período de 2019 pré-pandemia, 96% e 95,2% respectivamente. Estamos observando o movimento de retomada do varejo e, apesar do cenário sensível, acreditamos que teremos um efeito positivo daqui pra frente na permanência da abertura dos shoppings e no fluxo de clientes, sempre respeitando os protocolos de saúde e segurança para garantir o bem-estar de todos”, afirma Cristina Betts que, em junho de 2021, foi anunciada como a nova CEO da Iguatemi a partir do ano que vem. Como parte do processo de evolução de governança corporativa, ela substitui Carlos Jereissati que seguirá nos negócios como membro do conselho administrativo.
A companhia teve um Lucro Líquido de R$ 279 milhões no 2T21, 500% superior ao segundo trimestre de 2020 e 364% acima do segundo trimestre de 2019. As vendas totais atingiram R$ 2,7 bilhões, uma redução de 21,8% se comparado com dois anos atrás, 16,6% se excluídas as operações vendidas nesse período, e avanço de 354,4% em relação a 2T20.
Seguindo a base de comparação do período pré-pandemia, as vendas mesmas áreas (SAS) aumentaram -16,6% na comparação com o segundo trimestre de 2019, enquanto o desempenho das vendas mesmas lojas (SSS) cresceu – 14,5% a mais que dois anos atrás. Os aluguéis mesmas áreas (SAR) e os aluguéis mesmas lojas (SSR) cresceram, respectivamente, -7,1% e 2,8% na comparação com o 2T19.
O EBITDA sem o efeito da linearização fechou em R$ 106,4 milhões no trimestre, um aumento de 171% contra o 2T20. O mesmo indicador ficou 22,7% abaixo do 2T19, que levou a uma margem de 63,4%.
A Receita Bruta atingiu R$ 228,2 milhões no 2T21, crescimento de 6,6% sobre o 2T19, enquanto a Receita Líquida chegou a R$ 170,3 milhões, abaixo do 2T19 em 9,3%. Os dados de receitas são provenientes principalmente da linha de aluguel. Em decorrência da pandemia, a companhia manteve descontos ao longo do trimestre, considerando região e segmento de atuação de cada lojista, além de manter linearização de tais descontos concedidos pelo prazo médio dos contratos. Já o FFO atingiu R$ 317,7 milhões, 246,7% acima do 2T19.
“Nossos lojistas também começaram um processo de recuperação. Encerramos o 2T21 com uma inadimplência líquida de -4,0%, demonstrando que nesse trimestre conseguimos receber um valor expressivo de alugueis que estavam atrasados, fazendo esse indicador se tornar negativo”, conta a executiva.
Considerando a Dívida Total da Companhia, o trimestre foi encerrado em R$ 3,08 bilhões, 6,2% abaixo do primeiro trimestre deste ano. A Disponibilidade de Caixa encontrava-se em R$ 1,8 bilhões, 10% a mais que nos três meses anteriores, levando a uma Dívida Líquida de R$ 1,3 bilhões e um múltiplo Dívida Líquida/EBITDA de 2,58x, uma queda de 0,68 versus o 1T21.
Com relação ao desempenho dos Shoppings a 100%, a Iguatemi teve um aumento, em relação ao mesmo período de 2019, de 10,7% na Receita Bruta de Aluguel do trimestre (Aluguel Mínimo + Overage + Locação Temporária), atingindo R$ 271,4 milhões. Já a Receita de Estacionamento totalizou R$ 30,8 milhões no 2T21 (-46,4% versus 2T19), queda essa que reflete as restrições de fluxo impostas aos empreendimentos e aos períodos em que os shoppings ficaram fechados durante o trimestre. A ocupação média do portfólio no trimestre foi de 90,1%, 2 pontos percentuais abaixo do 2T19.
O período também foi marcado por comunicados importantes. Primeiro, o anúncio de uma reestruturação societária para destravar novas frentes de crescimento, possibilitando a realização de novos aumentos de capital sem a perda de controle do acionista controlador – alinhado 100% aos interesses dos investidores (controlador e minoritários). Em segundo, a conclusão da expansão do Iguatemi 365, sua plataforma de e-commerce premium, que agora contempla todo o território nacional com entregas para todos os estados e capitais.
Além de trazer novas marcas como Balenciaga, Colavita e Michael Kors, como resultado, a Iguatemi 365 teve o melhor resultado de vendas em um trimestre, triplicando em junho o tráfego no site versus o mesmo período de 2020. Os planos para o segundo semestre incluem o lançamento do App do Iguatemi 365 e abertura de sua Pop-up store no Shopping Iguatemi São Paulo, além de promover a integração com o Iguatemi One, seu programa de relacionamento.
“Seguimos focados no crescimento sustentável do nosso modelo de negócio omnichannel, adotando uma postura transparente e atentos às inovações para aprimorar ainda mais a experiência do nosso cliente”, finaliza Betts.