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Iguatemi (IGTI11) ou Allos (ALOS3): Qual a melhor oportunidade?

Imagem Copilot (IA)

Digamos que você esteja em uma situação hipotética que tenha que escolher apenas uma empresa para investir, sem nenhuma possibilidade de ser as duas, o que você vai considerar? Liquidez, resultados trimestrais, credibilidade, políticas ESG, guidance? Bem, são ótimos critérios e quase todos eles se aplicam às small caps que o Acionista destaca aqui:  Iguatemi (IGTI11) e Allos (ALOS3).

Você teria bons motivos para escolher investir no Iguatemi, pois teve uma receita líquida no 4T23 de R$ 315,1 milhões e lucro líquido de R$ 119,8 milhões. Mas você também tem outros motivos para que sua opção seja a Allos: R$ 611 milhões em dividendos ou mesmo que vendas aumentaram 6,8% em base anual para R$ 8,2 bilhões (Proforma) no 4T23, totalizando R$ 27 bilhões no ano 2023 (aumento de 8,2% em base anual).

Dito isso, até o fim deste texto você poderá responder a pergunta  Iguatemi (IGTI11) ou Allos (ALOS3)?

Iguatemi (IGTI11) é por aqui

Resultados positivos tanto no operacional quanto no financeiro. Esta é a conclusão que os analistas da Genial chegam no relatório sobre o 4T23 do Iguatemi (IGTI11). 

Segundo eles, do lado operacional, assim como na Multiplan, era esperado esse desempenho, uma vez que os números de vendas já vinham sendo divulgados mensalmente e indicavam crescimento muito acima do setor de varejo. No financeiro, a venda de um terreno e a valorização de 23% no preço de IGTI11 tiveram um impacto positivo no lucro do trimestre. 

“Dada a superação das estimativas, acreditamos em uma reação positiva do mercado, especialmente depois da reação frustrada dos investidores quanto aos resultados de Multiplan”, comentam os analistas.

As vendas totalizaram R$ 5,9 bilhões no trimestre, com um crescimento de SSS de 9,4%, enquanto a Multiplan foi de 8,8%. Já o SSR (aluguel em mesma área) cresceu 6,6%, influenciado pela grande demanda pelas áreas nos shoppings da empresa, o que pode ser evidenciado pelo alto nível de ocupação (em comparação ao histórico) de 94,5%. “Outro efeito da maior demanda pode ser visto na inadimplência negativa (-1,7%) pelo segundo trimestre seguido, como efeito da recuperação de valores que eram considerados inadimplidos”, diz o relatório.

“Para 2024, os números são em parte otimistas quando consideramos as nossas expectativas. O crescimento da receita líquida em shoppings está praticamente alinhado com as nossas expectativas (de 4-8% guidance vs. 5% esperado). Por outro lado, a margem EBITDA total está bem acima do que esperamos (de 75-79% guidance vs. 72% esperado)”, afirmam os analistas da Genial.

Mirae Asset destaca a resiliência

Antes os números: a Receita Líquida do Iguatemi (IGTI11) atingiu R$ 315,1 milhões, +7,8% a/a e +11,5% t/t, ficando 1,7% abaixo do consenso. O Ebitda foi de R$ 227,2 milhões, +21,1% a/a e 8,7% t/t, 1,6% abaixo das estimativas do mercado. O lucro líquido somou R$ 119,8 milhões +28,3% a/a e +100,7% t/t, e 35,5% acima do consenso Bloomberg. 

Para os analistas da Mirae Asset a contínua melhoria do mix de lojas em players mais qualificados e voltados para as classes A/B “tem se refletido em maior resiliência de receitas e ganhos de produtividade para a companhia”. 

Também as iniciativas voltadas para ganhos de eficiência implementadas nos últimos meses, “menor pressão do I-Retail e vendas de frações devem ajudar as margens nos próximos trimestres”.

Além disso, a Mirae destaca os  novos projetos de adensamento no entorno de seus empreendimentos e desinvestimentos em ativos não estratégicos, podendo trazer impactos positivos ao longo de 2024. “Seguimos com recomendação de compra.”

Trimestre mais aquecido

De acordo com a análise da Nord, o crescimento de receita foi positivamente impactado pelo crescimento de +11,7% nas vendas totais. “No trimestre mais aquecido do ano, os segmentos que tiveram maiores destaques de crescimento foram: (1) Alimentação, (2) Moda, Calçados, Artigos de Couro e (3) Artigos Diversos, Saúde & Beleza e Joalherias, com 11,2%, 10,4% e 9,3% acima do 4T22, respectivamente”, destaca o relatório.

Dividendos –  R$ 27,5 milhões. O valor dos dividendos do Iguatemi foi de R$ 0,013 por ação ordinária e R$ 0,039 por ação preferencial. Os proventos foram pagos no dia 15 de março.

Allos (ALOS3) e as boas estimativas para 2024

A CFO da Allos, Daniella Guanabara disse, em reunião com o time do BTG Pactual, que a empresa deve arrecadar ~R$ 900 milhões com vendas de ativos durante 2024. Isso significa que a Allos ainda tem um grande poder de fogo de ~R$ 1 bilhão para programas adicionais de recompra de ações e/ou aquisições de propriedades, segundo os analistas,  considerando o guidance de alavancagem para 2024 (1,9-2,3x dívida líquida/EBITDA). E ainda um capex de manutenção de ~8% do NOI do seu portfólio. “Porém, caso a empresa acabe não comprando nenhum shopping e/ou aprovando novo programa de recompra, a CFO não descarta a possibilidade de alavancagem terminar o ano abaixo do guidance”, comentam os analistas do BTG.

Após esta reunião com a CFO, a recomendação do time BTG é de compra porque consideraram os seguintes fatores: as vendas estão crescendo bem; a Allos tem poder de fogo de aproximadamente R$ 1 bilhão para recompras e/ou aquisições adicionais de ações (para atender seu guidance de alavancagem);caso as fusões e aquisições/recompras não se concretizem, a alavancagem poderá ser inferior ao guidance para 2024; e a administração continua avaliando fusões e aquisições desde que ofereçam sinergias com o portfólio da empresa. “No geral, mantemos nossa recomendação de Compra para a Allos devido ao valuation atrativo (9,5x P/FFO 2024E).”

Dividendos de R$ 611 milhões

Para os analistas da Ágora, o destaque está nos proventos: pagamento de 50% a ser proposto na próxima reunião do conselho, gerando R$ 611 milhões em dividendos (rendimento de 4,3%), o que, somado à recompra de ações de aproximadamente R$ 520 milhões até fevereiro de 2024, leva a um retorno de R$ 1,1 bilhão aos acionistas em 2023 (rendimento de 7,4%). 

Outros números

Guidance de Ebitda de R$ 1,97 – R$ 2,05 bilhões para 2024, implicando crescimento de 6,5% em base anual (Proforma), enquanto o guidance de sinergias de R$ 210 milhões foi reafirmado. O novo guidance de Ebitda tem redução de R$ 160 milhões considerando a venda de ativos. Por sua vez, o guidance de alavancagem é de 1,9x-2,3x dívida líquida/Ebitda e investimentos entre R$ 450-550 milhões. 

As vendas aumentaram 6,8% em base anual para R$ 8,2 bilhões (Proforma) no 4T23, totalizando R$ 27 bilhões no ano 2023 (aumento de 8,2% em base anual). Enquanto isso, o SSS (vendas das mesmas lojas) ficou em 5,3%. 

A receita líquida totalizou R$ 817 milhões (avanços de 5% em base anual e de 24% no trimestre), com SSR (aluguel de mesmas lojas) crescendo 5% em base anual. Em 2023, a receita líquida aumentou para R$ 2,7 bilhões (alta de 8% em base anual). 

“Impacto em nossa tese para a ação é neutro. A ALLOS apresentou bons resultados no 4T23, um pouco acima do estimado pelo BBI e o consenso (+5% no EBITDA, +16% no FFO). A empresa apresentou um leve crescimento nominal da receita de aluguel de 3,5% em base anual, mas acima do IGPDI de 2023 de -3,3%, apoiado na aceleração das remoções de descontos e apoiado por um bom desempenho operacional (vendas +8% em base anual e SSR +7,7%), embora os números gerais tenham ficado um degrau abaixo da Iguatemi e Multiplan”, justificam os analistas da Ágora.

No entanto, para eles, após o excelente ano de 2023 da ALOS3 tanto no desempenho das ações, quanto no retorno aos acionistas desde janeiro de 2023 , ainda veem a ALLOS com uma “tendência operacional positiva e continuamos gostando da história, com espaço para continuar entregando sinergias e melhorando seu portfólio”. 

Capex

O Capex totalizou R$ 113 milhões no 4T23 e R$ 350 milhões em 2023, abaixo do guidance de R$ 400 milhões – 480 milhões para 2023, uma vez que os projetos de expansão foram adiados. Vale lembrar que ao final do 4T23, a empresa detinha participação em 47 shoppings, com 58 shoppings em seu portfólio se forem incluídos os shoppings sob administração. A empresa tem 13 ativos com vendas acima da marca de R$ 1 bilhão, com o Shopping Recife e o Parque Dom Pedro tendo vendas acima de R$ 2 bilhões. 

A Genial também recomenda compra. “No geral, ainda vemos Allos negociando a múltiplos muito descontados historicamente, a 11x P/FFO 2024E e cap rate implícito de 13%, desta forma seguimos com recomendação de Compra.”

Para os analistas, a tendência do trimestre passado se manteve: um SSS abaixo de Multiplan e Iguatemi, mas um SSR em linha com ambos. Dado o perfil contratual de Allos, com um percentual maior dos reajustes atrelados ao IPCA quando comparado aos pares, “devemos continuar vendo uma performance melhor no SSR da companhia ao longo dos próximos meses. Isso se deve aos IGPs negativos ao longo de 2023 e no início de 2024, enquanto o IPCA ainda segue em território positivo”, comentam.

Quer saber quais as recomendações e o preço alvo para investir nas ações? Veja as análises, os filtros e as sugestões conforme diversos analistas no Clube Acionista, por aqui.

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Este post está disponível na íntegra no Clube.Acionista

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Cátia Chagas

Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.
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Cátia Chagas

Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.

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