A notícia é boa para começar o Mês da Mulher por aqui, mas parece incrível que em pleno 2023 ainda é preciso uma lei para que empresas equiparem salários entre mulheres e homens que desempenham a mesma função. Isso sem falar que em termos de qualificação, é sabido que a mulher sempre estudou mais (provavelmente em vista da injustiça no mercado de trabalho), o que deveria render uns dígitos no plano de carreira.
Bem, fato é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça (28), durante a reinstalação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), que no próximo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o governo irá apresentar uma lei de igualdade salarial de gênero para homens e mulheres que exercem a mesma função.
No evento, na presença da ministra do Planejamento, Simone Tebet, Lula disse: “Finalmente, Simone Tebet, agora, no Dia das Mulheres, a gente vai apresentar, definitivamente, a tal da lei que vai garantir que a mulher, definitivamente, receba o salário igual ao homem se ela exercer a mesma função”. Vale lembrar que a medida é uma promessa de campanha que teve o apoio de Simone.
“Toda hora que você vai procurar essa lei, parece que existe, mas tem tantas nuances que tudo é feito para a mulher não ter o direito. Ou seja, então é preciso fazer uma lei que diga que a mulher deve ganhar o mesmo salário do homem se exercer a mesma função. E pronto, não tem vírgula”, enfatizou o presidente. “E é obrigado: se não pagar, vai ter que ter alguém para fiscalizar”, afirmou Lula citando o Ministério do Trabalho e Emprego e o ministro, Luiz Marinho.
Homens: salários 20,50% a mais
Conforme um estudo realizado com exclusividade para o site G1 e publicado em 8 de março de 2022, as mulheres ganharam em média 20,50% menos do que os homens no 4º trimestre de 2021, contra 19,70% a menos no final de 2020.Esse recorte foi feito pela consultoria IDados, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE.
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“As mulheres ganham cerca de 20% menos do que os homens no Brasil e a diferença salarial entre os gêneros segue neste patamar elevado mesmo quando se compara trabalhadores do mesmo perfil de escolaridade e idade e na mesma categoria de ocupação”, diz o texto do G1.
Trader é a profissão em que mais tem diferença salarial
O site Quero Bolsa publicou uma matéria citando as 10 profissões em que os salários dos homens são maiores que os das mulheres, baseada nos dados do do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), referentes a 2021.
A primeira da lista é a de Trader, investidor/a do mercado financeiro. O profissional ajuda a manter a liquidez do mercado, que é a capacidade de transformar esses ativos em dinheiro. Assim sendo, o trader é importante para o mercado.
“O levantamento feito com os dados do Caged em 2021 aponta uma diferença média de 31,57% entre os salários de homens e mulheres. Os homens que trabalham como trader possuem média salarial de R$5.278,13, enquanto as mulheres recebem um valor médio de R$2.745,20 nesta área”, diz o texto.
Confira aqui a lista completa.
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