O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 0,69% em maio, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando variara 0,41%, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). Com este resultado, o índice acumula alta de 7,17% no ano e 10,56% em 12 meses. Em maio de 2021, o índice havia subido 3,40% e acumulava elevação de 36,53% em 12 meses.

‘Grandes commodities agrícolas e combustíveis responderam por parcela importante do resultado do IPA, sendo os destaques: diesel (de 6,87% para 6,38%), soja (de -8,02% para 2,76%) e cana-de-açúcar (de 0,66% para 3,65%). Já no índice de preços ao consumidor, as pressões inflacionárias estão divididas entre serviços livres, preços monitorados e alimentos in natura, cujos principais destaques foram: passagem aérea (de 14,38% para 16,33%), taxa de água e esgoto residencial (de 0,00% para 2,75%) e cebola (de 2,46% para 24,96%)’, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,55% em maio. No mês anterior, o índice havia apresentado taxa de 0,19%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 2,01% em abril para 0,03% em maio. O principal responsável por este recuo foram os alimentos in natura, cuja taxa passou de 2,93% para -5,79%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,75% em maio, contra 1,59% em abril.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,80% em abril para 1,46% em maio. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,47% para -0,24%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,48% em maio, após alta de 1,53% no mês anterior.

O estágio das Matérias-Primas Brutas variou 0,04% em maio, após cair 2,96% em abril. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: soja em grão (-8,02% para 2,76%), milho em grão (-9,82% para -0,10%) e cana-de-açúcar (0,66% para 3,65%). Em sentido oposto, vale citar, aves (10,11% para 0,01%), mandioca/aipim (3,56% para -8,56%) e minério de ferro (-3,90% para -4,61%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,50% em maio, contra 1,08% em abril. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (1,58% para 0,45%), Transportes (2,13% para 1,02%), Habitação (-0,69% para -1,37%), Saúde e Cuidados Pessoais (1,14% para 0,87%), Comunicação (-0,02% para -0,14%) e Vestuário (1,26% para 1,21%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: hortaliças e legumes (9,10% para -9,06%), gasolina (3,19% para 0,91%), tarifa de eletricidade residencial (-6,78% para -9,34%), medicamentos em geral (4,12% para 1,97%), tarifa de telefone residencial (1,12% para -0,05%) e calçados (1,63% para 1,03%).

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (2,51% para 3,12%) e Despesas Diversas (0,70% para 0,91%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: passagem aérea (14,38% para 16,33%) e tarifa postal (0,13% para 6,95%).

Núcleo do IPC e Índice de Difusão

O núcleo do IPC registrou taxa de 0,84% em maio, ante 0,93% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 32 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 18 apresentaram taxas abaixo de 0,20%, linha de corte inferior, e 14 registraram variações acima de 1,83%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 74,84%, 2,90 pontos percentuais abaixo do registrado em abril, quando o índice foi de 77,74%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 2,28% em maio, ante 0,95% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de abril para maio: Materiais e Equipamentos (1,79% para 1,72%), Serviços (0,84% para 0,73%) e Mão de Obra (0,21% para 3,08%).

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