O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 2,37% em março, percentual superior ao apurado no mês anterior, quando variara 1,50%, segundo dados da Fundação Getulio Vargas. Com este resultado, o índice acumula alta de 6,00% no ano e 15,57% em 12 meses. Em março de 2021, o índice havia subido 2,17% e acumulava elevação de 30,63% em 12 meses.
‘O IPA, índice de maior expressão na composição do resultado do IGP, recebeu, nesta apuração, forte influência dos derivados do petróleo, cujos destaques foram Diesel (2,70% para 16,86%), gasolina (1,71% para 12,69%) e adubos ou fertilizantes (-5,21% para 7,97%) que juntos responderam por 30% do resultado do IPA’, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 2,80% em março. No mês anterior, o índice havia apresentado alta de 1,94%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 1,73% em fevereiro para 3,64% em março. O principal responsável por este avanço foram os alimentos processados, cuja taxa passou de 0,61% para 4,03%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo; variou 2,14% em março, contra 0,91% em fevereiro.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,31% em fevereiro para 3,19% em março. O principal responsável por este avanço foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 6,57% para 12,90%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção; subiu 1,45% em março, após variar 0,42% no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas variou 1,73% em março, ante 2,76% em fevereiro. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: soja em grão (10,16% para 3,48%); café em grão (0,89% para -10,76%) e milho em grão (4,92% para 1,49%). Em sentido oposto, vale citar minério de ferro (-0,10% para 2,82%), mandioca/aipim (-6,01% para 8,63%) e aves (0,39% para 6,95%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 1,35% em março, contra 0,28% em fevereiro. Sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Transportes (0,07% para 2,51%), Habitação (0,33% para 1,23%), Alimentação (1,20% para 1,99%), Educação, Leitura e Recreação (-0,51% para 0,67%), Saúde e Cuidados Pessoais (-0,12% para 0,29%), Vestuário (0,33% para 1,04%) e Despesas Diversas (0,08% para 0,39%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: gasolina (-1,35% para 5,08%), tarifa de eletricidade residencial (-0,73% para 1,60%), hortaliças e legumes (8,44% para 14,79%), passagem aérea (-4,09% para 3,26%), perfume (-3,00% para 2,60%), roupas (0,34% para 1,17%) e serviços bancários (0,06% para 0,41%).
Em contrapartida, o grupo Comunicação (0,08% para -0,11%) apresentou decréscimo em suas taxas de variação. Esta classe de despesa foi influenciada pelo seguinte item: tarifa de telefone residencial (-0,41% para -0,83%).
Núcleo do IPC e Índice de Difusão
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,80% em março, ante 0,56% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 24 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 15 apresentaram taxas abaixo de 0,24%, linha de corte inferior, e 9 registraram variações acima de 1,86%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 79,03%, 5,16 pontos percentuais acima do registrado em janeiro, quando o índice foi de 73,87%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,86% em março, ante 0,38% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de fevereiro para março: Materiais e Equipamentos (0,28% para 0,50%), Serviços (1,66% para 0,70%) e Mão de Obra (0,25% para 1,21%).