A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) variou 0,10% em maio. No mês anterior, o índice havia registrado alta de 2,48%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 7,73% no ano e de 12,13% em 12 meses. Em maio de 2021, o índice subira 3,24% no mês e acumulava elevação de 35,91% em 12 meses.

‘A queda verificada entre abril e maio nos preços de grandes commodities agrícolas (de 0,23% para -1,72%) e minerais (de 0,77% para -3,17%) contribuiu para a queda da inflação ao produtor. O recuo dos preços das commodities já influencia a taxa em 12 meses do grupo matérias-primas brutas (-2,77%). Ainda ao produtor, as taxas de variação dos bens intermediários (de 4,26% para 0,89%) e dos bens finais (de 4,07% para 1,12%) também apresentaram desaceleração, mas a variação acumulada em 12 meses para estes estágios de processamento se mantem em patamar muito elevado, 25,70% e 19,49%, nesta ordem, o que sustenta repasses que chegam gradualmente ao varejo.’, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,08% em maio. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 2,81%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 4,07% em abril para 1,12% em maio. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 15,92% para 0,70%. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 1,31% em maio. No mês anterior, a taxa foi de 2,34%.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 4,26% em abril para 0,89% em maio. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 17,65% para -0,59%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 1,19% em maio, após subir 1,88% no mês anterior.

O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 0,36% em abril para -2,07% em maio. As principais contribuições para o recuo da taxa partiram dos seguintes itens: minério de ferro (1,07% para -3,66%), milho em grão (-1,52% para -8,49%) e mandioca/aipim (17,05% para -4,94%). Em sentido ascendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: café em grão (-11,23% para -2,06%), cana-de-açúcar (-0,21% para 1,65%) e suínos (-2,32% para 8,55%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,54% em maio. Em abril, o índice havia apresentado taxa de 1,67%. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Habitação (1,62% para -2,37%), Transportes (3,42% para 1,23%), Alimentação (1,88% para 1,39%), Vestuário (1,24% para 1,03%) e Comunicação (-0,05% para -0,11%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial (2,10% para -12,93%), gasolina (7,62% para 1,10%), hortaliças e legumes (13,32% para 4,10%), acessórios do vestuário (1,41% para 0,36%) e mensalidade para internet (-0,20% para -0,58%).

Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,95% para 3,19%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,39% para 1,25%) e Despesas Diversas (0,59% para 0,63%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: passagem aérea (4,73% para 19,29%), medicamentos em geral (0,67% para 4,20%) e serviços bancários (0,68% para 1,16%).

Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,74% em maio. No mês anterior a taxa foi de 1,17%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de abril para maio: Materiais e Equipamentos (1,08% para 1,52%), Serviços (0,69% para 0,86%) e Mão de Obra (1,34% para 0,01%).

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