A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 0,6 ponto em agosto, para 96,3 pontos, nível idêntico do observado em março de 2014. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 3,0 pontos, a terceira alta consecutiva.

‘Os empresários da construção ajustaram suas expectativas de melhoria contínua dos negócios. Não ficaram pessimistas – o indicador de expectativas (IE) recuou no mês para o nível de neutralidade – e ainda estão otimistas com a demanda dos próximos meses. A evolução da atividade se mantém como destaque positivo. O Indicador alcançou o melhor resultado desde dezembro de 2012, puxando também as perspectivas sobre novas contratações. Vale notar que a percepção predominante voltou a ser de que o cenário atual é melhor que o de antes da pandemia; corroborando as projeções de retomada do setor’, avaliou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.

Neste mês, o resultado positivo do ICST decorre exclusivamente da melhora da satisfação dos empresários em relação à situação corrente. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 2,5 pontos, para 91,9 pontos, maior nível desde dezembro de 2020 (92,4 pontos). Contribuíram para esse resultado o indicador de situação atual dos negócios que subiu 2,1 pontos, para 90,4 pontos; e o indicador de carteira de contratos que subiu 2,9 pontos, para 93,5 pontos.

O Índice de Expectativas (IE-CST) recuou 1,3 ponto, para 100,9 pontos, após três altas consecutivas. A queda IE-CST foi influenciada exclusivamente pela piora do indicador tendência dos negócios que caiu 3,1 pontos, para 98,9 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção cedeu 0,6 ponto percentual (p.p.), para 73,1%. O NUCI de Mão de Obra diminuiu 0,9 p.p, para 74,3%, enquanto que o NUCI de Máquinas e Equipamentos aumentou 0,5 p.p, para 67,1%.

Confiança

A despeito da alta, a confiança setorial se mantém em abaixo do nível considerado neutro de 100 pontos. No entanto, na comparação com agosto de 2019, um ano em que o setor já ensaiava uma recuperação, há um crescimento de 8,7 pontos. Intersetorialmente, o destaque é o segmento de Obras de Acabamento, que continua sendo beneficiado pela onda de reformas. ‘O segmento de Preparação de Terrenos, que é antecedente do ciclo de obras, também se sobressai, tanto no nível do indicador de confiança, quanto no avanço em dois anos, corroborando a percepção de retomada setorial’, observou Ana Castelo.

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