A Fundação Getulio Vargas (FGV) anunciou que o Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 0,5 ponto em fevereiro para 92,0 pontos, a segunda queda consecutiva. Em médias móveis trimestrais, o índice variou – 0,6 ponto.

‘Além das expectativas, a percepção em relação ao ambiente atual dos negócios vem se deteriorando. Vale notar que esse movimento não está relacionado a uma perda de fôlego da demanda, pelo contrário, a sondagem aponta que a preocupação dos empresários com a demanda insuficiente diminuiu nos últimos 12 meses. Por outro lado, o aumento dos preços dos materiais de construção tem limitado a melhora dos negócios; refletindo na confiança do setor’, avaliou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE.

O Índice de Confiança da Construção que havia superado o patamar pré-pandemia e registrado seu melhor resultado desde 2014 em outubro de 2020, não se sustentou e vem desacelerando desde então. A queda da confiança no mês reflete a piora da percepção dos empresários na avaliação sobre o momento presente e redução das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) recuou 0,5 ponto, ao passar de 90,5 pontos para 90,0 pontos.

A queda do ISA-CST foi influenciada exclusivamente pela piora do indicador de situação atual dos negócios, que diminuiu 1,0 ponto, para 91,5 pontos. O Índice de Expectativas (IE-CST) caiu pelo quarto mês consecutivo, passando de 94,6 pontos para 94,1 pontos, um recuo de 0,5 ponto. A queda de 1,9 ponto do indicador de tendência dos negócios foi o que mais contribuiu negativamente para a piora do IE-CST; já que o indicador que mede a demanda prevista subiu 0,9 ponto neste mês.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção caiu 0,7 ponto percentual (p.p.), para 73,3%. O resultado negativo deve-se à diminuição de 0,9 p.p. do NUCI de Mão de Obra, para 74,5%, enquanto que o NUCI de Máquinas e Equipamentos subiu 0,5 p.p., para 67,0%.

Mercado imobiliário

A queda na confiança das empresas em fevereiro não foi disseminada por todos os segmentos. Houve melhora da atividade no mercado imobiliário. Na comparação com 2020, a percepção em relação ao momento atual (ISA) mostra um cenário mais favorável para Edificações Residenciais. Em Preparação de Terrenos, um segmento antecedente da atividade, a melhora na percepção corrente foi ainda mais expressiva. ‘Por outro lado, vale destacar a deterioração das expectativas das construtoras da área habitacional, sinalizando dificuldades para a continuidade da retomada”, observou Ana Castelo.’

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