O foco da semana fica para os indicadores de inflação ao consumidor, payroll e PIB nos Estados Unidos

O Ibovespa encerrou no positivo após duas semanas de quedas, puxada pelo arcabouço fiscal aprovado na Câmara, recuperação do preço do minério e os balanços sólidos de techs nos Estados Unidos.

Em Wall Street, balanço forte da NVIDIA embalou também as empresas de IA, puxando o Nasdaq e segurando o SP500 em território positivo na semana. Além disso, na Europa, o setor de serviços teve retração maior do que o esperado na leitura preliminar de agosto.

Enquanto no Brasil, o  IPCA-15 subiu 0,28% em agosto, acima do consenso de 0,15% e, no mês, o índice foi puxado por habitação com aumento da energia elétrica e o setor alimentício contribuiu negativamente.

Fonte: Investing

Cenário Local 

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Depois de duas semanas consecutivas de baixa no principal índice de ações do país, o Ibovespa inverteu o sinal e encerrou a semana em alta de 0,37%, aos 115.837 pontos. Apesar da turbulência, os investidores mantiveram o foco nos últimos dias, graças ao alívio das preocupações sobre a situação fiscal e à expectativa de dados econômicos tanto domésticos quanto internacionais.

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Fonte: B3

A semana viu alguns ganhos, mas estes foram limitados na sexta-feira devido a dados de inflação que superaram as expectativas e a postura rigorosa do Federal Reserve (FED) em relação à política monetária dos Estados Unidos. O fluxo de investimentos estrangeiros e de pessoa física sofreu um impacto negativo durante a semana, no entanto, o mercado se beneficiou do fluxo positivo dos investidores institucionais, totalizando cerca de R$1,1 bilhão.

No cenário internacional, o destaque foi o comunicado do presidente do FED, Jerome Powell, durante o simpósio anual de Jackson Hole. Powell expressou preocupação com a incapacidade dos juros americanos de controlar a inflação, deixando a possibilidade de “novas altas” nas taxas de juros em aberto. 

Além disso, o IPCA-15 de agosto aumentou as preocupações sobre os ativos, uma vez que os dados mostraram um aumento de 0,28% mês a mês, acima das expectativas de 0,16%.

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A semana foi relativamente tranquila em termos de indicadores econômicos, mas o destaque foi o IPCA-15 de agosto, que é considerado uma prévia da inflação. Esse índice registrou um aumento acima das estimativas (0,28% mês a mês), influenciado principalmente pelo aumento nos preços da energia elétrica e nos setores de Saúde e cuidados pessoais. Em relação à variação acumulada em 12 meses, a inflação subiu para 4,24% em agosto, em comparação com os 3,19% registrados em julho.

No entanto, mesmo com esse aumento além do previsto, os analistas não veem a necessidade de revisões significativas nas decisões do Banco Central (BC) em sua próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A equipe macroeconômica da XP Investimentos mantém a expectativa de um novo corte de 50 pontos-base, conforme antecipado na reunião anterior.

No campo político, a atenção se voltou para a votação do arcabouço fiscal, que substituirá o teto de gastos. O Congresso aprovou a proposta, mantendo algumas alterações do Senado, como a exclusão de certos gastos do limite de gastos. Além disso, a Câmara dos Deputados aprovou uma Medida Provisória (MP) que reajusta o salário mínimo e introduz uma política anual de valorização. Também houve mudanças em relação à tributação de investimentos no exterior.

No cenário corporativo, as ações relacionadas a commodities tiveram um impacto positivo no índice. Notícias sobre a proibição de exportações de açúcar da Índia impulsionaram os papéis ligados ao açúcar no Brasil. No entanto, empresas sensíveis a juros e de crescimento enfrentaram quedas, em parte devido ao aumento da curva de juros futuros. Além disso, o setor de varejo, que mostrou sinais de recuperação no início da semana, sofreu quedas à medida que os juros avançaram.

Fluxo estrangeiro

O fluxo do investidor estrangeiro para a bolsa segue ainda intenso com saída no mês (até 25/08) negativo em -R$12,33, no ano ainda positivo em R$11,80 bilhões.

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Confira o comentário técnico de Gilberto Coelho Jr.

O IBOV fechou em nova queda reforçando o sinal de tendência de baixa definida pela média de 21 dias. Uma perda dos 115.390 favorecerá teste de suportes em 114.060 ou 108.000. O sinal de alta seria retomado com um fechamento acima dos 118.135 com projeções nos 123.000 ou 130.000.

O SP500 apesar do repique altista no último pregão ainda segue abaixo da média de 21 dias, mantendo o sinal de tendência baixista. Uma perda dos 4.356 favorecerá teste dos suportes em 4.325 ou 4.235. O sinal de alta seria retomado com um fechamento acima dos 4.465 projetando de 4.540 ou 4.600.

O dólar apesar de ficar perto da estabilidade nas últimas duas sessões ainda segue abaixo das médias de 21 dias, mantendo o sinal de tendência baixista. Abaixo de 4.854 favorecerá quedas com possível teste de suportes nos 4.807 ou 4.725. A tendência altista de curto prazo seria retomada com um fechamento acima dos 4.907 projetando de 5.015 a 5.220.

Juros

A curva de juros teve recuos em sua toda extensão, após a provação do arcabouço fiscal. No entanto, IPCA-15 acima das expectativas e treasuries impediram um fechamento maior.

Câmbio e Commodities

O Real voltou a se apreciar com o arcabouço fiscal sendo votado e menor stress dos treasuries norte-americanos.

O barril de petróleo teve recuo na semana, com fraqueza das economias europeias e norte-americana. Ao mesmo tempo, o minério e as metálicas tiveram uma semana de ganhos.

Renda Fixa

O Leilão do Tesouro de LTN e NTN-F foi todo tomado pelo mercado, mostrando a procura alta por títulos com remuneração pré-fixada.

Perspectivas para a semana

A semana terá como o principal indicador no exterior a inflação ao consumidor, payroll e PIB norte-americanos.

Fonte: Investing

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