Revisão do PIB nos EUA e ata do Copom são destaques da semana
Na semana em que o Copom elevou a Selic e o FED indicou manter os juros perto do zero até 2023, o Ibovespa oscilou, mas encerrou com uma leve alta. Ao mesmo tempo, em Wall Street, as ações subiram com força, apesar da postura mais “hawkish” do FED, com as empresas de tecnologia mais uma vez impulsionando os índices do mercado de ações.
As decisões dos bancos centrais geraram um impacto significativo nos mercados, sinalizando a necessidade de acompanhar de perto os desdobramentos econômicos globais.
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O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) decidiu manter as taxas de juros inalteradas, entre 5,25% e 5,50%, como amplamente previsto pelo mercado. Em seu comunicado, o FOMC aumentou a projeção da inflação subjacente de 2,4% para 2,6% e também revisou para cima as estimativas do PIB e da taxa de desemprego para 2024. Quanto às expectativas de cortes nas taxas de juros, o FOMC reafirmou a previsão de três cortes em 2024.
O Banco Central da Suíça reduziu os juros em 0,25%, para 1,5% ao ano, aumentando as expectativas para o início da diminuição das taxas de juros pelo banco central europeu já no segundo trimestre deste ano. No Japão, o Banco Central aumentou a taxa de juros pela primeira vez em mais de 17 anos, ajustando-a para o intervalo de 0% a 0,10%. Esta decisão já era esperada pelo mercado devido à inflação estar em níveis elevados para o Japão.
Cenário Local
O Copom cortou a taxa de juros em 0,50%, deixando-a em 10,75% ao ano. Além disso, sinalizou mais uma redução de 0,50% na próxima reunião e manteve em aberto a possibilidade de novos cortes nas reuniões seguintes, marcando uma mudança em relação ao comunicado anterior.
Juros
A curva de juros teve uma leve queda devido à arrecadação que superou as expectativas, e também com a queda dos treasuries. Essa movimentação pode impactar diretamente as aplicações de Renda Fixa, diminuindo a remuneração dos investimentos.
Como resultado, os preços dos títulos podem subir (devido à marcação a mercado), valorizando o investimento de quem comprou o ativo antes da movimentação. A análise cuidadosa dessas variações é essencial para tomar decisões financeiras informadas e estratégicas.
Câmbio e Commodities
Real perde destaque em uma semana de altos e baixos com as decisões do Copom e FOMC. Entretanto, o mercado financeiro permanece atento às decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil, impactando diretamente o desempenho do Ibovespa e outros ativos brasileiros.
Leia mais: Selic a 10,75%: Copom corta mais uma vez a taxa
Na última semana, o preço do barril de petróleo permaneceu estável, enquanto o valor do minério oscilou. Por outro lado, as commodities agrícolas, especialmente o cacau, apresentaram um aumento significativo.
Renda Fixa
As taxas de renda fixa subiram um pouco, com os juros prefixados de prazos mais longos retornando acima de 12% e os títulos atrelados à inflação (IPCA+7%) nos bancos também apresentaram aumento.
Perspectivas para a semana
Esta semana trará importantes indicadores econômicos ao redor do mundo. No Brasil, estaremos de olho no IPCA-15 e na ata do Copom, enquanto os acontecimentos em Brasília podem causar maior volatilidade.
Nos EUA, teremos dados sobre a inflação oficial do FED e a revisão do PIB do 4º trimestre de 2024, e, por fim, na China, temos informações sobre a atividade manufatureira.
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