A bolsa patina com queda acumulada de 9,01% no ano, mesmo com o alto patamar das commodities, quebrando uma correlação positiva de anos. E agora investidor? Em maio, o Ibovespa entregou uma performance negativa de 3,04%. O desempenho negativo em maio inflou as perdas no acumulado de 2024. Em maio, o Ibovespa marcou o menor patamar em seis meses, de acordo com um levantamento da Quantum. Os 122.098 pontos do último pregão do mês passado (31/5) só não ficaram abaixo dos 120.410 pontos registrados em 13 de novembro de 2023, aponta o levantamento.

Além disso, desde a última reunião do Copom, que demonstrou divergência entre os membros quanto ao ritmo de cortes na Selic, as expectativas de inflação desancoraram. 

Como foram os desempenhos das ações em maio

Os desempenhos das ações são divulgados mensalmente pelo Acionista através dos dados exclusivos da Quantum sobre fundos de ações que possuem gestão ativa considerando maio e retroativamente seis, 12, 24 e 36 meses. O relatório é formado por cinco categorias de fundos: Ações e dividendos; Ações Livres; Ações Small Caps; Ações Sustentabilidade/Governança e Ações Valor/Crescimento. 

A orientação da Quantum é saber que a indústria de fundos é dinâmica. Os dados são das quantidades de fundos em funcionamento normal, com o histórico dos períodos indicados, que fique claro. Também é preciso ressaltar que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura, o ideal é analisar no mínimo os últimos 12 meses de cada fundo.

Fundos de Dividendos

O número de fundos disponíveis subiu para 60 em maio. O retorno do último mês foi -2,34%; mas positivo nos últimos 36 meses, ficando em 9,30%; uma queda, visto que em abril, o retorno desses 3 anos foi de 16,70%.

Nesta modalidade, os dividendos pagos pelas empresas da carteira ficam a cargo do gestor. É ele que determina como vai fazer novos investimentos com o valor. Essa prática pode ser avaliada como uma desvantagem para o investidor.

Fundos de Ações Livres

A modalidade subiu para 2045 ativos em maio, quatro a mais que o mês passado. O retorno no mês foi negativo, fechou em -1,28%. Nos últimos 6 meses o retorno foi de 20,68%. Nos últimos três anos o retorno foi de 3,38%; em abril, esse número foi de 7,77%.

Conhecidos como FIAs (Fundos de Ações), esses fundos são modelos em que os gestores investem o patrimônio do fundo majoritariamente em ações. O principal fator de risco é a variação dos preços de ações, admitidas à negociação em mercados organizados, que compõem sua carteira de ativos.

Fundos Small Caps

Os fundos das Small Caps tiveram mais um retorno negativo em maio, ficando em -2,74; mas acima do mês anterior, quando esse dado foi de  -6,18%. No último ano o retorno foi de -2,81%.

Neste tipo de fundo, o gestor investe nas empresas de baixa capitalização da Bolsa de Valores, com valor de mercado entre R$ 1 bilhão e R$ 5 bilhões. Ele busca desse fundo empresas que possuem valor intrínseco, mas que ainda não foram reconhecidas pelo mercado. 

Fundos de Sustentabilidade/Governança 

Depois de registrar -6,74% de retorno em abril, em maio foi de -2,28%. Em 12 meses foi de 2,51%. Nos últimos três anos, esse retorno ficou negativo em -14,95%.

Esse grupo de fundos precisa apresentar uma política de investimento 100% sustentável, levando o sufixo “IS”. Conforme a Anbima, “podem ser reconhecidos os fundos que integram aspectos ESG (ambiental, social e de governança, na sigla em inglês) em seu processo de gestão, mas não têm o investimento sustentável como objetivo principal. 

Eles não podem usar o sufixo IS, mas têm uma diferenciação dos demais: podem utilizar a frase com o conteúdo “esse fundo integra questões ASG em sua gestão” nos materiais de venda voltados aos investidores”. 

Fundos de Ações Valor/Crescimento

Em maio foram 121 fundos, que encerraram o mês com retorno de -1,95%, mês passado esse retorno foi de -4,38%. Nos últimos dois anos teve um retorno de 6,30%. O retorno em três anos ficou em -12,48%.

Segundo a Anbima, neste tipo de fundos, os gestores buscam retorno através de uma estratégia de seleção de empresas entre o “preço justo” estimado (estratégia de valor) e/ou aquelas com a chance de crescer no futuro (estratégia de crescimento).

Todos os retornos em abril foram negativos

O sexto mês do ano começou com os os dados de maio seguindo a sequência de ruins e muito ruins, infelizmente. Como o Acionista publicou mês passado, o segundo trimestre não está sendo positivo para os fundos de ações, e o mercado e os investidores estão cautelosos, ainda mais com a bolsa amargando números baixos. Em maio não houve nenhum fundo com retorno positivo. 

Número de fundos disponíveis

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