Nesta terça-feira (23), grandes companhias do Ibovespa dão sequência a temporada de balanços financeiros do 1º trimestre de 2024, como Neoenergia (NEOE3) e Usiminas (USIM5).

Além disso, o Banco Central (BC) atualiza as projeções para o IPCA (inflação), Selic (juros), PIB (crescimento) e dólar (câmbio) para este ano, ao divulgar o Boletim Focus nesta manhã.

 

O Ibovespa (IBOV), principal índice acionário da B3, a Bolsa brasileira, encerrou a última segunda-feira (22) em alta de 0,36%, aos 125.573,16 pontos.

 

Confira outros fatores que movimentam o Ibovespa (IBOV) nesta terça-feira (23):

PERSE

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), recebeu ontem (22) à noite líderes partidários para negociar um acordo sobre o texto que prevê reformulação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), criado durante a pandemia de COVID-19.

O parecer da relatora, deputada federal Renata Abreu (Podemos-SP), define como limite dos benefícios o valor de R$ 15 bilhões até 2026, mas sem prever um ajuste das alíquotas caso a renúncia fiscal ultrapasse esse montante – o que desagradou a equipe econômica.

No início, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) queria o fim dos benefícios do PERSE, mas aceitou ceder para encerrar o programa a partir de 2027. À noite, Fernando Haddad disse que a votação ainda depende da reunião de líderes ao meio-dia, da qual ele pretende participar.

 

Reforma tributária

O Ministério da Fazenda  confirmou que encaminha amanhã, ao Congresso Nacional, um dos projetos de lei complementar para regulamentar a reforma tributária.

Fernando Haddad disse que “todo o texto já foi fechado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva”. “Não há mais pendências”, acrescentou.

O primeiro projeto vai tratar das regras principais que envolvem o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) – Estadual -, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) – Federal – e a composição da cesta básica nacional.

O segundo projeto deve ser enviado, no máximo, entre uma semana e dez dias.

 

As relações entre o governo federal e o Congresso Nacional

i. Fernando Haddad tomou um puxão de orelhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ontem (22), no lançamento do programa de crédito Acredita, quando foi orientado a “deixar de ler livros e a passar mais tempo com parlamentares”.

Questionado pelos jornalistas sobre a cobrança do mandatário, o político disse que “só faz isso [articulação política] na vida”.

Lula também pediu que Geraldo Alckmin (PSB-SP), vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), seja “mais ágil” e que os ministros Rui Costa (PT-BA), da Casa Civil, e Wellington Dias (PT-PI), do Desenvolvimento Social, “conversem mais”, porque o PT representa uma minoria no Congresso Nacional e “a gente precisa conversar, senão não aprova nada”.

Trata-se de uma cena óbvia para superar o momento de desgaste do governo no Congresso Nacional. O próprio presidente da República teria conversado com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, no domingo (21) para reduzir os desentendimentos entre os poderes Executivo e o Legislativo, como apurou o Broadcast Político, do jornal O Estado de S.Paulo.

 

iii. O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) corre o risco de sofrer derrotas no Congresso Nacional em projetos da chamada pauta-bomba, com grande impacto fiscal.

Além da reoneração do PERSE, se destaca a PEC do Quinquênio, a desoneração previdenciária dos municípios e o veto às emendas de comissão, definidas em R$ 5,6 bilhões, que pode ser derrubado em sessão conjunta do Congresso Nacional, na quarta-feira (24).

De acordo com cálculos do governo federal, esses projetos em tramitação no Poder Legislativo podem gerar despesas adicionais de R$ 70 bilhões aos cofres públicos apenas neste ano.

A maior parte viria do quinquênio a integrantes do Judiciário (R$ 40 bilhões).

O governo negocia com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a possibilidade de restringir as categorias beneficiadas pelo adicional por tempo de serviço.

A primeira ideia seria limitar o quinquênio aos tribunais superiores ou vedar o aumento para aposentados.

As informações são do site Bom Dia Mercado.

 

Programa Acredita

O pacote de crédito anunciado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltado a microempreendedores individuais (MEIs) e às micro e pequenas empresas (MPEs) chega num momento em que estes negócios ainda tentam equacionar as dívidas.

No Acredita, o crédito a MEIs vai ter juros fixos de Selic + 5% ao ano e inclui a renegociação de dívidas do PRONAMPE.

Existe ainda uma frente de microcrédito para inscritos no Cadastro Único (CadÚnico); o estímulo a um mercado secundário para o crédito imobiliário, através da Emgea; e o programa de proteção cambial para investimentos em projetos sustentáveis.

O Banco do Brasil (BBAS3) ajudou a estruturar o programa e vai operar como um agente financeiro, enquanto seus pares privados aguardam detalhes.

As informações são do site Bom Dia Mercado.

 

Petrobras (PETR3)(PETR4) e a meta fiscal

A distribuição de dividendos extraordinários da Petrobras (PETR3)(PETR4), que vai destinar à União cerca de R$ 6 bilhões, vai ajudar Fernando Haddad, ministro da Fazenda, a entregar a meta fiscal de 2024, avaliou a consultoria internacional TS Lombard, em relatório.

As informações são do site Bom Dia Mercado.

 

No exterior…

EUA 

Agenda:

–  10:45 – PMI (sigla em inglês para Índice de Gerentes de Compras) Composto, medido pela S&P Global, com números preliminares de fevereiro.

 

Europa

Alemanha

PMI Composto – O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da Alemanha, que engloba os setores industrial e de serviços, subiu de 47,70 pontos em março para 50,50 pontos em abril – o maior nível em dez meses.

Os dados preliminares foram divulgados nesta terça-feira (23) pela S&P Global em parceria com o Hamburg Commercial Bank.

Apenas o PMI de serviços alemão avançou de 50,10 para 53,30 pontos no mesmo período, o maior patamar em dez meses. O resultado superou a expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam avanço a 50,50 neste mês.

Já o PMI industrial da Alemanha aumentou de 41,90 em março para 42,20 pontos em abril, abaixo do consenso da FactSet, que era de alta a 42,70.

 

Zona do Eurọ

PMI Composto – O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da Zona do Euro, que engloba os setores industrial e de serviços, subiu de 50,30 em março para 51,40 pontos em abril, o maior nível em onze meses, segundo dados preliminares divulgados nesta terça-feira (23) pela S&P Global em parceria com o Hamburg Commercial Bank.

Esse resultado superou a expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam aumento do PMI composto do bloco a 50,80 neste mês.

Apenas o PMI de serviços da zona do euro avançou de 51,50 para 52,90 pontos no mesmo período, o maior patamar em onze meses. O consenso da FactSet era de alta bem menor, a 51,80.

O PMI industrial do bloco, por outro lado, diminuiu de 46,10 em março para 45,60 em abril, o nível mais baixo em quatro meses.

Neste caso, a previsão era de alta a 46,70.

 

Reino Unido

PMI Composto – O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Reino Unido, que engloba os setores industrial e de serviços, subiu de 52,80 em março para 54,00 pontos em abril – o maior nível em onze meses, de acordo com dados preliminares divulgados nesta terça-feira (23) pela S&P Global em parceria com a CIPS.

O resultado surpreendeu analistas consultados pela FactSet, que previam leve baixa do PMI composto neste mês, a 52,50.

Apenas o PMI de serviços do Reino Unido avançou de 53,10 para 54,90 no mesmo período, também o maior patamar em onze meses e acima da previsão da FactSet, que era de baixa marginal a 53,00.

O PMI industrial britânico, por outro lado, caiu de 50,30 em março para 48,00 pontos em abril. Neste caso, o consenso da FactSet era de ligeira redução a 50,2.

 

Ásia

Japão – PMI/S&P Global industrial subiu de 46,40 em março para 48,10 pontos em abril e o PMI de serviços, de 54,10 para 54,60.

 

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