Câmara norte-americana aprova teto da dívida e dados de geração de empregos atingem 339 mil vagas

Nos Estados Unidos, as bolsas voltaram a subir após a Câmara dos EUA ter aprovado teto de gastos, assim aliviando a curva de juros dos treasuries e enfraquecendo o dólar. Além disso, a criação de empregos na economia nos EUA, medida pelo JOLTS, mostrou 10 milhões de vagas abertas em abril.

Em maio, a criação de vagas na economia norte-americana foi de 339 mil acima do esperado de 190 mil,. A taxa de desemprego subiu para 3,7%, contra 3,5% apresentado anteriormente.

Na China, o Índice de atividade manufatureira voltou a recuar, ficando abaixo dos 50 pontos em maio.

Fonte: Investing

Cenário Local

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O Ibovespa voltou a estar em patamares mais altos com a recuperação das commodities ao longo da semana, puxada pelas exportadoras, após aprovação do teto de dívida do governo norte-americano. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no 1T23 surpreendeu, com o agro subindo no período. 

Nesse cenário, o IGP-M caiu 1,84% em maio, acumulando -4,47% em 12 meses, assim como, a taxa de desemprego ficou em 8,5% no trimestre de fevereiro a abril, com rendimento real mostrando estabilidade.  

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O PIB brasileiro do primeiro trimestre deste ano subiu 1,9%, acima das expectativas de +1,3% e de +4,0% na comparação anual. A alta foi gerada principalmente pelo agronegócio, que subiu 21,6% no trimestre. Na contramão, os investimentos e industrial recuaram no período.

A produção industrial em abril recuou 0,6%, contra alta de 0,08% esperado. Na comparação anual, teve queda acentuada 2,7%, contrariando as expectativas de +0,4%. 

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Fonte: B3

O Ibovespa encerrou a semana em alta de 1,49% aos 112.558 pontos. Com esta valorização, o índice contrariou o famoso ditado: “sell in may and go away” e encerrou o mês de maio em alta de 3,70%. É interessante observar que o fluxo estrangeiro para a bolsa em maio foi negativo, -R$ 4,28 bilhões, sendo mais acentuado no último dia do mês retirada de -R$ 2,42 bi. O índice de Small Caps se destaca em valorização, já ganhando 20% desde março desde ano. 

Por aqui, o PIB surpreendeu o mercado e destaque para empresas ligadas ao setor aéreo, após o governo sancionar redução de impostos para as companhias. No domingo, a Arábia Saudita anunciou corte de 1 milhão de barris em sua produção diária de petróleo, com o objetivo de equilibrar a oferta, pois temem uma queda acentuada nos preços de petróleo, por incertezas quanto à demanda e preocupações com o enfraquecimento econômico dos EUA e a recuperação da China estar menos robusta que o esperado. 

O destaque na bolsa foi o aumento do apetite por fundos locais, que absorveu fluxo de saída estrangeiro. Com a expectativa pelo início do corte de juros no país, podemos estar chegando ao final de uma janela de oportunidade de comprar boas ações a bons preços. As empresas Small Caps, como são mais sensíveis ao nível de juros, ainda trabalham com múltiplos atrativos em relação à média histórica, e como são mais sensíveis à taxa de juros, algumas mais endividadas, acabam se beneficiando do fechamento de curva. 

Fluxo Estrangeiro

O fluxo estrangeiro no mês de maio foi negativo em -R$ 4,28 bi, no ano está positivo em R$ 6,88 bi. Em 10 pregões: 7 negativos e 3 positivos.

Confira o comentário técnico de Gilberto Coelho Jr.

O IBOV está em tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias e fechou em nova alta, superando os 111.700 abrindo espaço para teste dos 115.000 ou 118.000. O sinal de alta perderia efeito com um fechamento abaixo dos 108.190.

O SP500 está em tendência de alta pelas médias de 21 e 200 dias e acabou fechando acima do topo recente nos 4.235, favorecendo as projeções em 4.350 ou 4.500. O sinal de alta perderia força com um fechamento abaixo dos 4.168.

O DOLN23 confirmou o sinal de baixa da véspera e a perda dos 5.008 (média de 21 dias) traz de volta o sinal de baixa projetando de 4.916 em fundo recente ou 4.760 por Fibonacci. O sinal de baixa perderia efeito com um fechamento acima dos 5.030 mirando os 5.156 ou 5.225.

Juros

A curva de juros apresentou uma queda, especialmente nos vencimentos longos, com mercado vendo possibilidade de corte de juros antes do esperado, dadas as expectativas da inflação alcançando patamares mais baixos.

Câmbio e Commodities

O Real se desvalorizou perante o dólar, com o fortalecimento do dólar sobre a cesta de moedas e sob pressão do vencimento do contrato do mês. 

O barril de petróleo e minério recuaram com arrefecimento da atividade industrial e manufatureira na China.

Renda Fixa

As taxas de renda fixa continuam a recuarem na última semana com a curva de juros em queda e as expectativas da inflação também. 

Perspectivas para a semana

A semana será mais curta no mercado brasileiro devido ao feriado de Corpus Christi (08/06) e com o IPCA de maio o principal indicador macro, além do envio do arcabouço fiscal para o Senado (CAE). 

No mais, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, faz palestra em evento hoje (05/06) e Diogo Guillen, diretor de política monetária, fala em evento corporativo. Por fim, o governo poderá lançar esta semana o pacote de incentivo à indústria automotiva.  

No lado externo, teremos os PMIs indicadores das atividades econômicas dos EUA, Europa e Ásia. Sendo que, a China já apresentou números acima do esperado, puxando o minério de ferro para cima.

Fonte: Investing

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