Segundo Infinity Asset, o Ibovespa, num cenário de melhor dos casos pode buscar os 150.000 pontos, muito influenciado pelos juros inéditos no Brasil e consequentemente, do fluxo de investidores locais.

O que observamos para o Brasil em 2020 é um cenário positivo, onde o potencial de atração de investimentos internacionais cresce a partir do segundo semestre, com crescimento econômico baseado no consumo se aproveitando da inércia de 2019 e aprovação da reforma tributária.

Entre os mercados emergentes, existe uma aversão relativamente clara do investidor internacional em diversos casos, seja pelo histórico de perdas nestes países ou de escolhas mudanças políticas recentes.

A reação dos investidores à eleição argentina no ano passado é um bom sinal disso e nesta categoria, entre os que não vingaram economicamente e politicamente estão: Argentina, México, Chile, África do Sul, Turquia e Polônia.

Os emergentes asiáticos foram até o ano passado os grandes receptores de investimento global, com destaque para a Malásia e a Indonésia, porém parte destes investimentos está num misto de fase de maturação e conclusão. Os beneficiários mais recentes foram Malásia, Indonésia, Vietnã, Filipinas e Singapura.

Entre os países emergentes que se encontram no contraciclo mundial, ou seja, se afastando de uma recessão e ganhando corpo para 2020 estão a Rússia, a própria China, com a possibilidade de abertura de empresas com maior nível de capital estrangeiro no país, a Arábia Saudita com o IPO da Aramco e o Brasil.

Neste caso, estamos em meio a um ciclo de reformas, com mudanças importantes de paradigmas econômicos, em especial para o respeito aos contratos e liberdade de negócios.

As privatizações e concessões, além do setor de saneamento fazem do Brasil uma escolha quase simples para os grandes investidores internacionais, cercados por taxas de juros negativas e crescimento econômico fraco.

Por isso, diferentemente de parte do mercado, vemos um Real valorizado em relação a 2020, especialmente a partir do segundo semestre, o que pode impactar também nos investimentos de mercado financeiro, como bolsas de valores e outros ativos.

O iBovespa, num cenário de melhor dos casos pode buscar os 150.000 pontos, muito influenciado pelos juros inéditos no Brasil e consequentemente, do fluxo de investidores locais. Num cenário mais possível, vemos a faixa entre 125.000 e 135.000 pontos.

Para o cenário de juros, o COPOM tem o desafio de entender o quão estimulativas estão as atuais taxas e se existe a necessidade de dar continuidade ao ciclo de afrouxamento com mais um corte.

Neste contexto, nosso cenário prospectivo contempla juros de 4,25% em todo 2020. A partir daí, não vemos a necessidade de maiores avanços, com retorno do aperto monetário, em resposta à melhora mais expressiva da atividade econômica a partir do segundo semestre de 2021.

A inflação deve se manter comportada, porém compatível ao contexto de melhora da atividade, o que de certa maneira também nos afasta das projeções médias do mercado, expressada pelo relatório Focus.

Ainda assim, vemos em tal cenário tão somente a proximidade ao centro das metas de inflação e nada muito destoante do que se observou em 2019, ou seja, estamos muito próximos da normalização de juros e inflação baixa.

A atividade industrial tende a ganhar um ímpeto renovado neste ano, assim como os setores dependentes de juros baixos, como setor automotivo, imobiliário e consumo.

Observando-se de maneira bastante pragmática, os problemas ocorridos na China neste início de ano podem beneficiar o Brasil em diversos aspectos, desde o setor de proteínas, até o comercio internacional de commodities, com os EUA como parceiro importante neste cenário.

Obviamente, um menor crescimento chinês pode ser desafiador aos mercados emergentes, porém o ímpeto econômico no Brasil com a viés reformista do congresso brasileiro pode tanto trazer melhoras nas notas das agências de classificação de risco soberano, assim como a sinalização da entrada do país na OCDE.

Assim, acreditamos que em diversos aspectos, mesmo diante de todos os desafios, 2020 possa ser o ano do Brasil.

Por: Inifity Asset

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