O Ibovespa cresceu 6,54% em agosto, registrando a maior alta em 2024 e renovando sua máxima histórica: 137,3 mil pontos no último dia 28.
A terceira alta consecutiva do índice reflete um cenário de otimismo na bolsa brasileira, impulsionado pela expectativa de corte dos juros americanos em setembro.
Também contribuíram alguns resultados das empresas brasileiras nos balanços trimestrais e boas sinalizações do governo em relação ao arcabouço fiscal.
Confira o resumo da bolsa brasileira em agosto:
Juros americanos: agora vai?
Parece que agora está confirmado: vem aí o corte nos juros americanos.
A (quase) confirmação de que o ciclo de afrouxamento monetário americano está prestes a começar trouxe alívio ao mercado, que já vinha precificando a possibilidade de cortes nos juros na reunião de setembro do Federal Reserve (Fed).
Essa perspectiva foi reforçada tanto pela ata da última reunião do Fed quanto pelo discurso do presidente do banco central americano, Jerome Powell. Segundo ele, os dados econômicos indicam uma inflação mais próxima da meta e o mercado de trabalho dos EUA não exerce mais pressão inflacionária significativa.
Como resultado, os investidores começaram a se posicionar em ativos mais arriscados, o que beneficiou as bolsas de valores globais, incluindo a B3. Tanto é que o fluxo de investimento estrangeiro foi positivo pelo segundo mês consecutivo em agosto, acumulando saldo de R$ 10,064 bilhões.
A expectativa com os juros americanos foi um dos principais fatores que impulsionaram o Ibovespa em agosto, revertendo o sentimento de pessimismo presente no início do mês.
Cenário interno também ajudou
No cenário interno alguns fatores também contribuíram para o bom desempenho da bolsa brasileira.
Em especial, o mercado enxergou boas sinalizações de que o governo manterá o compromisso com as metas estabelecidas pelo arcabouço fiscal.
Agosto também foi o mês da divulgação de boa parte dos balanços do segundo trimestre, e muitos resultados agradaram os investidores.
Top 10 ações do Ibovespa com os maiores retornos em agosto
A grande campeã de agosto foi a IRB (Re) (IRBR3), que apresentou resultados trimestrais bem acima do esperado pelo mercado e saltou 65,06% no mês.
O segundo maior retorno foi da Petz (PETZ3), impulsionada pelo anúncio da fusão com a Cobasi, muito bem recebido pelo mercado.
Confira as 10 maiores altas do Ibovespa em agosto:
| Nome | Ticker | Retorno no mês |
| IRBBRASIL RE ON NM – IRBR3 | IRBR3 | 65,06% |
| PETZ ON NM – PETZ3 | PETZ3 | 38,86% |
| MARFRIG ON NM – MRFG3 | MRFG3 | 28,74% |
| LOJAS RENNER ON NM – LREN3 | LREN3 | 28,28% |
| BRADESCO ON N1 – BBDC3 | BBDC3 | 26,10% |
| BRADESCO PN N1 – BBDC4 | BBDC4 | 26,01% |
| BRF SA ON NM – BRFS3 | BRFS3 | 24,55% |
| MINERVA ON NM – BEEF3 | BEEF3 | 19,08% |
| P.ACUCAR-CBD ON N1 – PCAR3 | PCAR3 | 18,11% |
| B3 ON NM – B3SA3 | B3SA3 | 16,87% |
Fonte: Quantum Finance
Top 10 ações do Ibovespa com os menores retornos em agosto
Por outro lado, a Azul (AZUL4) enfrentou fortes turbulências em agosto, em uma queda concentrada a partir do dia 29, com fortes rumores de que a companhia possa entrar em recuperação judicial nos EUA.
Confira as 10 maiores quedas do Ibovespa em agosto:
| Nome | Ticker | Retorno no mês |
| AZUL PN N2 – AZUL4 | AZUL4 | -32,63% |
| VAMOS ON NM – VAMO3 | VAMO3 | -11,94% |
| ALPARGATAS PN N1 – ALPA4 | ALPA4 | -10,47% |
| YDUQS PART ON NM – YDUQ3 | YDUQ3 | -9,96% |
| COGNA ON ON NM – COGN3 | COGN3 | -9,87% |
| GRUPO NATURAON NM – NTCO3 | NTCO3 | -9,24% |
| LOCALIZA ON NM – RENT3 | RENT3 | -5,61% |
| SAO MARTINHO ON NM – SMTO3 | SMTO3 | -4,61% |
| CARREFOUR BR ON NM – CRFB3 | CRFB3 | -3,13% |
| 3R PETROLEUMON NM – RRRP3 | RRRP3 | -2,55% |
Fonte: Quantum Finance
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