Em setembro, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2022 deve totalizar 261,9 milhões de toneladas, 3,4% maior que a obtida em 2021 e 0,1% acima da informação de agosto, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A área a ser colhida é de 73,2 milhões de hectares, 6,8% maior que em 2021 e 0,2% maior que o previsto em agosto.
O arroz, o milho e a soja, os três principais produtos deste grupo, somados, representam 91,5% da estimativa da produção e respondem por 87,1% da área a ser colhida. Frente à 2021, houve acréscimos de 10,4% na área do milho (aumento de 6,8% no milho 1ª safra e de 11,7% no milho 2ª safra). Também houve aumento de 17,8% na do algodão herbáceo (em caroço), de 4,9% na da soja e de 9,2% na do trigo. Por outro lado, houve queda de 2,5% na área do arroz.
A estimativa de setembro para a soja foi de 119,5 milhões de toneladas e a do milho foi de 109,6 milhões de toneladas (25,4 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 84,2 milhões de toneladas na 2ª safra). A produção do arroz foi estimada em 10,7 milhões de toneladas; a do trigo em 9,6 milhões de toneladas e a do algodão (em caroço), em 6,7 milhões de toneladas.
A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas cresceu em quatro regiões: a Centro-Oeste (11,4%), a Norte (11,0%), a Sudeste (10,8%), a Nordeste (10,3%), e negativa para a Sul (-14,6%). No mês, houve altas no Norte (2,8%) e no Sudeste (1,6%), enquanto Nordeste (-0,1%) e Sul (-0,9%) recuaram. Na Região Centro-Oeste houve estabilidade.
Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 30,8%, seguido pelo Paraná (12,9%), Goiás (10,3%), Rio Grande do Sul (9,8%), Mato Grosso do Sul (8,1%) e Minas Gerais (6,5%), que, somados, representaram 78,4% do total nacional. Com relação às participações das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (49,6%), Sul (24,8%), Sudeste (10,6%), Nordeste (9,7%) e Norte (5,3%).
Destaques na estimativa de setembro de 2022 em relação ao mês anterior
Frente ao mês anterior, houve aumento nas estimativas da produção da batata-inglesa 3ª safra (7,7% ou 76 914 toneladas), cevada (4,7% ou 24 332 t), laranja (1,3% ou 222 818 t), soja (0,6% ou 663 051 t), batata-inglesa 2ª safra (0,3% ou 4 085 t), batata inglesa 1ª safra (0,2% ou 3 455 t), e milho 2ª safra (0,1% ou 93 451 t), e declínio da aveia (-4,0% ou -47 936 t), café arábica (-3,7% ou -78 949 t), cana-de-açúcar (-3,3% ou -21 029 128 t), milho 1ª safra (-1,8% ou -465 976 t), trigo (-0,9% ou -85 802 t) e café canephora (-0,7% ou -7 646 toneladas).
Entre as Grandes Regiões, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 129,8 milhões de toneladas (49,6%); Sul, 65,1 milhões de toneladas (24,8%); Sudeste, 27,6 milhões de toneladas (10,6%); Nordeste, 25,4 milhões de toneladas (9,7%) e Norte, 14,0 milhões de toneladas (5,3%).
As principais variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram em São Paulo (412 101t), em Rondônia (262 451 t), no Pará (121 327 t), no Rio Grande do Sul (33 720 t), em Minas Gerais (5 812 t), no Espírito Santo (4 084 t), no Rio de Janeiro (3 t) e no Maranhão (3 t). As principais variações negativas ocorreram no Paraná (-610 127 t), no Ceará (-25 081 t), e em Alagoas (-6 504t).