Foi divulgado na manhã de hoje pelo IBGE o IBC-Br de junho e este veio acima das expectativas. As projeções medianas giravam em torno de 0,55%, no entanto a alta foi de 1,14%.

Na comparação anual, o indicador registra alta de 9,07% a/a versus expectativa de 8,9% a/a do mercado e 9,0% a/a do BTG Pactual.

Além disso, o dado de maio foi revisado de -0,43% para -0,55% e abril de 0,85% para 0,90%. A revisão baixista para o mês de maio levou o bimestre abril a maio a fechar com um resultado levemente pior do que com o dado anterior.

Contudo, o robusto resultado de junho mais do que compensou o dado anterior, fazendo com que o 2T21 fechasse em alta acumulada de 1,49%. Na comparação com o 2T20, o dado passou de um recuo de -0,25% para 0,12%, reforçando as expectativas de crescimento do PIB no 2T21.

Nos setores, de maio para junho, apenas o de Serviços apresentou dado positivo e melhor do que esperado, acelerando 1,7% no mês e encerrando o trimestre com uma alta acumulada de 4,5%. Além disso, os subgrupos que apresentaram o melhor desempenho foram os ligados a reabertura da economia, refletindo a flexibilização das medidas de isolamento social.

Na direção oposta, o setor varejista restrito e ampliado apresentaram recuo no mês, justificado, em parte, pelas fortes revisões promovidas na série histórica pelas dificuldades encontradas para fazer a dessazonalização dos dados.

A indústria ficou estável no mês, levemente abaixo do que era esperado pelo mercado, apresentando resultados mais tímidos por consequência das dificuldades de produção pelas disfunções das cadeias produtivas.

“Apesar dos dados setoriais heterogêneos, o IBC-Br trouxe um resultado acima das expectativas, refletindo uma atividade econômica robusta no mês. Para os próximos meses, as perspectivas para a atividade econômica seguem bem positivas, considerando o avanço do cronograma de vacinação e uma reabertura sustentável da economia no 2S21”, comenta o time de economistas do Macro & Estratégia do BTG Pactual digital, formado por Álvaro Frasson, Arthur Mota, Leonardo Paiva e Luiza Paparounis.

IBC-BR VEM ACIMA DAS EXPECTATIVAS, MAS FECHA O TRIMESTRE PERTO DA ESTABILDIADE. – NECTON | COMENTÁRIO ANDRÉ PERFEITO

O resultado positivo foi derivado da melhora dos Serviços. Segundo os dados do IBGE em junho o único setor que avançou foi este que apresentou alta de 1,7%, já a Indústria teve variação nula e o Varejo tombou 1,7%.

O resultado melhor tem a ver com a reabertura da economia em parte, o que fez Serviços performar melhor com a maior circulação de pessoas e abertura do comércio.

Com os dados de Junho temos o 2º trimestre fechado e a variação veio próxima da estabilidade, em 0,12%. No primeiro trimestre a variação trimestral do IBC-Br havia sido de 1,64%.

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