É preciso que as companhias considerem essa tecnologia como aliada de uma abordagem ética e responsável

A inteligência artificial (IA) generativa está transformando o mercado de seguros, oferecendo ganhos de produtividade e redução de custos que beneficiam tanto empresas quanto clientes. Ao automatizar processos como análise de riscos, atendimento ao cliente e precificação de apólices, essa tecnologia agiliza operações e permite um atendimento mais personalizado. No entanto, é necessário refletir sobre os desafios que acompanham essa evolução.

Esse tipo de tecnologia proporciona não apenas eficiência, mas também insights que melhoram a tomada de decisões, permitindo entendimento mais profundo dos clientes e das tendências do mercado. No setor de seguros, a implementação da IA pode analisar dados históricos e comportamentais com alta precisão, facilitando uma resposta rápida a demandas do mercado e criando uma experiência de cliente mais fluida e proativa. Isso representa um ganho significativo em um segmento que lida constantemente com volumes massivos de dados.

Todavia, a adoção de algoritmos inteligentes também traz desafios e riscos, especialmente no que diz respeito à privacidade e ao uso ético dos dados dos clientes. Empresas precisam garantir que os dados sensíveis estejam protegidos e que as práticas sejam transparentes. A confiança dos usuários é um ativo essencial para qualquer companhia de seguros, e qualquer brecha nesse sentido pode prejudicar não só a imagem da empresa, mas o relacionamento com os consumidores.

Outro ponto que merece destaque é o impacto da IA generativa no mercado de trabalho, pois enquanto ela oferece eficiência e inovação, pode reduzir a demanda por tarefas que tradicionalmente exigiam intervenção humana. Esse movimento exige que o setor se adapte, investindo em capacitação para que os profissionais possam atuar em novas funções e interajam de forma mais estratégica com a tecnologia.

Desse modo, a implementação de modelos de aprendizado de geração precisa ser equilibrada, considerando a tecnologia como uma aliada de uma abordagem ética e responsável. As seguradoras devem adotar essa inovação para aprimorar o serviço, garantindo que ela trabalhe em benefício da produtividade e da redução de custos, sem substituir o toque humano que muitos clientes ainda valorizam. Ao mesmo tempo, é essencial que as companhias mantenham um compromisso com a transparência e o bem-estar social, assegurando que o uso da tecnologia seja sempre orientado para o interesse e a confiança dos clientes.

*Bruno Nunes é CEO da Base39, uma fintech brasileira que oferece soluções em inteligência artificial generativa (GenAI) para empresas que trabalham com crédito. Em outubro de 2024, Bruno Nunes falou ao Podcast Rio Bravo. Sua entrevista pode ser acessada a partir do link a seguir:

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